Após desmentir Crivella sobre retorno do Carioca, Bittencourt propõe alternativa para conclusão do campeonato; término em campo é prioridade

Não vai ser nada fácil a FERJ convencer o Fluminense a voltar a disputar o Campeonato Carioca, que está com retorno previsto para o próximo dia 14 de junho. O presidente Mário Bittencourt segue batendo o pé e afirmando que ainda não é o momento para pensar em já possível retomada do futebol. Em mais uma entrevista ao grupo Globo, o mandatário do Tricolor das Laranjeiras deixou clara sua decisão sobre o assunto.

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Durante o programa Bem Amigos” desta segunda-feira (25), Bittencourt assegurou que não deveria haver pressa para que a bola volte a rolar no Brasil enquanto a curva do novo Coronavírus continue ascendente no país. A OMS divulgou também nessa segunda que mais 808 perderam suas vidas por conta do vírus. Por isso, a diretoria carioca acredita que não há condições de se ter um Campeonato Carioca em andamento nessas condições e ainda foi mais além. Para o mandatário, o ideal é encerrar a competição dentro de campo, mas se não houver essa possibilidade ainda em 2020, que o torneio termine sem nenhum campeão.

“A posição do Fluminense é no sentido de que, assim que tiver condições humanas, condições de saúda, condições de tranquilidade para jogadores, funcionários e população, a gente conclua o campeonato em campo. Se não houver a possibilidade, que seja encerrado sem campeão em 2020, como foi em vários outros países, que encerraram sem declarar campeão”, apontou Mário, que acredita que mesmo com toda essa crise que o país tem passado, logo as coisas voltarão ao normal. Para ele, o Estadual será terminado nas quatro linhas, mas, por ora, pede para que todos fiquem em casa para que essa fase difícil vá embora logo.

“Mas acredito que vamos concluir isso em breve, se as pessoas ficarem em casa. Logo ali na frente, seja em julho ou no início de agosto, com a curva descendo, com o comitê científico da prefeitura, do governo estadual e do governo federal derem garantia de retorno, se responsabilizando, a gente possa dar exemplo de que o futebol foi um dos setores que cumpriu a quarentena e respeitou a ciência. Nós não somos um setor essencial, em que pese ser uma atividade que todos brasileiros amam. Mas o posicionamento neste momento é de preservar vidas ao invés de se preocupar exclusivamente com a questão econômica”.

“Vários outros setores da sociedade continuam fechados. Os serviços essenciais têm que futebol funcionar. Essa não é uma luta do Fluminense, do Botafogo… É uma luta de todas as torcidas. Nesse momento, nossos corações batem por tricolores, rubro-negros, cruz-maltinos, botafoguenses, banguenses, corintianos, palmeirenses. Essa é uma luta de todo povo brasileiro, de todo povo do Rio de Janeiro” – concluiu Bittencout.

De acordo com as apurações feitas pela equipe de redação do Globoesporte.com, tanto o Fluminense como o Botafogo entraram com pedido impugnação de alguns itens da pauta do arbitral da FERJ para tratar dos termos da volta do Campeonato Carioca no mês de junho. A dupla mantém a ideia que é prematuro voltar aos treinos e disputar o Estadual nesse momento em que o Rio de Janeiro é um dos estados mais afetado pela Covid-19 e contestam algumas mudanças propostas pela federação no regulamento, para retomar e terminar o torneio em um curto prazo.