Após as perdas dos títulos da Recopa Sul-Americana para o Defensa Y Justicia e a Supercopa do Brasil para o Flamengo, além da derrota no clássico para o São Paulo, a paciência da torcida do Palmeiras com a diretoria chegou ao fim. Um dos mais criticados foi o diretor-executivo de futebol Anderson Barros. Chateado com a repercussão, o dirigente deu uma entrevista esclarecedora ao Globoesporte.com, onde falou do planejamento da equipe, tanto financeiro, quanto esportivo, a desistência pelo atacante Rafael Santos Borré, e que acredita que o trabalho renderá mais títulos ao Alviverde em breve.

Anderson Barros sai em defesa da diretoria e explica negociação frustada por Borré
Anderson Barros sai em defesa da diretoria e explica negociação frustada por Borré

“Todo torcedor tem o direito de cobrar, mas ele precisa entender tudo aquilo que a gente vem fazendo. O torcedor cobra resultado, cobrou resultado e entregamos resultado. O Palmeiras foi campeão, teve seis títulos de extrema relevância nos últimos seis anos, sendo três na temporada passada. Então foi entregue. Foram revelados jogadores, foram feitas contratações que atenderam ao anseio em nossa necessidade. O torcedor tem (direito de cobrar), mas precisa entender e reconhecer o trabalho que está sendo feito. Existe responsabilidade e planejamento”, disse Anderson Barros, que logo em sequência, destrinchou tudo que aconteceu na novela Rafael Santos Borré.

“Nós iniciamos o processo do Borré um pouquinho antes, talvez, da nossa viagem para o Mundial. Eu lembro que foi até um pouco antes do jogo na Argentina contra o River. Percebemos que três atletas tinham situações de fim de contrato, começamos a estudar esse processo, tivemos variáveis de qual estratégia deveríamos adotar. Optamos por uma, foi crescendo ao longo do próprio Mundial. Uma situação que a gente sempre manteve numa discrição muito grande, que era uma situação muito complexa, tinha clube espanhol, argentino, diversos representantes. Era um momento em que a crise pandêmica dava um sinal diferente, quando veio a segunda onda, até uma terceira onda. Hoje, temos um crescimento no número de mortes. Então tudo isso foi sendo pesado. Mas sempre fomos honrando por entender que seria um atleta que agregaria muito ao Palmeiras. Chegou um momento em que percebemos, seja pela demora do posicionamento, valores, que aquele era o momento que o Palmeiras tinha o direito de decidir de forma contrária. Tanto que não teve resposta do atleta ou representante, porque fizemos tudo de maneira honesta. Sabíamos que estávamos indo além, sabíamos que poderia, mas tinha passado o tempo”, explicou o executivo.

Anderson Barros respondeu porque a negociação com Borré fracassou. Foto:Mario Sar/Getty Images

Mesmo com a dificuldade na contratação dos jogadores pedidos pelo técnico Abel Ferreira, Barros acredita no poder da equipe e afirma que assim como o Palestra ganhou o Campeonato Paulista, a Copa Libertadores e a Copa do Brasil em 2020, é possível ter sucesso com o mesmo elenco nessa temporada, embora as Eliminatórias da Copa do Mundo, as Olimpíadas e a Copa América possam atrapalhar bastante.

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“Temos consciência de que podemos disputar 2021 da mesma forma da temporada passada, mas sempre com total responsabilidade. Há um grupo de profissionais no Palmeiras, todos nós discutimos cada uma das decisões, inclusive com a comissão técnica. Em muitas vezes, não conseguimos ter unanimidade ou uma decisão única, mas a responsabilidade com o clube sempre vai prevalecer”.