Abel Hernández vem ganhando espaço nas Laranjeiras e, mesmo sem a condição de titular, o atacante apresenta eficiência quando acionado. No último domingo (13), contra o Bragantino, foi autor do gol de pênalti que proporcionou o empate do Flu, marcado nos acréscimos. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (16), o uruguaio comentou sua fase no Tricolor, em especial, como enxerga sua busca por uma vaga no time titular.
“Claro que todo jogador quer sempre ser titular. Mas nesse momento tenho à frente o ídolo máximo dessa instituição, que fez muitos gols em toda sua carreira, mais de 400. Não é fácil para nenhum profissional fazer tantos gols. Fred está fazendo gols muito importantes para nós. É muito importante para nós tê-lo neste momento que ele está atravessando. Para mim, pessoalmente, é seguir trabalhando e tentar a cada momento que entrar em campo, seja como titular ou reserva, entrando cinco ou dez minutos, dar meu máximo e mostrar que também quero ser titular. Estar preparado para o momento que for jogar”, declarou o centroavante.
De fato, o jogador conquistou a confiança do treinador Roger Machado, tanto que foi o técnico que delegou a Abel a missão de cobrar o pênalti contra o Bragantino, em um lance decisivo. Mesmo com Nenê em campo, cobrador principal do Time de Guerreiros, coube ao uruguaio a responsabilidade de empatar a partida. Sobre a incumbência, o atacante revelou:
“Quando aconteceu o pênalti eu perguntei para Nenê se ele queria cobrar, porque antes, na partida que tínhamos jogado, quando o Nenê estava em campo ele era um dos principais cobradores. Mas naquele momento, o Roger decidiu que era eu quem deveria bater, eu fui com confiança e converti. Foi uma decisão tomada pelo treinador”, explicou o camisa 32 do Fluzão.
O uruguaio demonstra consciência da grandeza do Tricolor das Laranjeiras e explica de maneira direta o que motivou a sua transferência ao clube carioca: “O que motivou vir ao Fluminense é simplesmente o Fluminense. É uma equipe gigante no Brasil. Quando recebi o chamado, não duvidei em nenhum momento. Era um clube perfeito para mim, um clube grande que todo mundo quer estar. Disputa também a Libertadores, isso também foi algo muito positivo”.
Abel, no momento, é reserva imediato de Fred, ídolo que tem aposentadoria marcada para 2022. Sobre a possibilidade de permanecer no Time de Guerreiros para ajudar a suprir a ausência do camisa 9, foi mais uma vez claro e objetivo:
“Não gosto muito de fazer futurologia. É focar no presente e seguir tentando demonstrar dentro do campo que, sim, estou feliz aqui no Fluminense. Minha família está se adaptando muito bem ao Rio de Janeiro. E, como disse antes, cheguei a um clube gigante. Estou muito contente. Isso (renovação) só será (discutido) mais adiante, quando o clube pensar que for necessário falar. E aí me sentarei com eles para ver o que é melhor para o clube e para mim. Mas estou feliz aqui, em um clube enorme e, claro, me encantaria seguir aqui”. O Fluminense volta a campo nesta quinta-feira (17), contra o Santos, às 19h, no Maracanã.