Há 40 anos, o futebol brasileiro e mundial perdia um dos maiores jogadores de todos os tempos: Mané Garrincha. Ídolo do Botafogo, o ‘Anjo das Pernas Tortas’, encantou a todos com o seu futebol, foi um dos que jogou ao lado do Rei Pelé, que também faleceu recentemente. Manoel Francisco do Santos chamou a atenção do time Alvinegro, em seu primeiro teste no clube, ele ganhou ainda mais notoriedade ao driblar diversas vezes o consagrado Nilton Santos.
Com isso, Nilton teria pedido a contratação do jogador , em 1953, por dois mil cruzeiros, Garrincha iniciava sua trajetória na Estrela Solitária. Ele estreou em 19 de julho daquele mesmo ano, jogando o Campeonato Carioca contra o Bonsucesso, marcando três dos seis gols da goleada por 6 a 3. Foram 12 anos de dedicação, com três estaduais na conta, 232 gols em 581 partidas. Além disso, disputou 150 jogos na rivalidade do eixo RJ x SP, tendo total supremacia sobre cinco deles: São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Fluminense. Os únicos que se salvaram foram Vasco e Santos.
Pela Seleção, ele jogou 50 partidas oficiais, entre 1955 e 1966, marcou 12 gols, sendo titular nas Copas de 1958, 1962 e 1966. Ele ainda jogou pela Copa América, duas vezes em 1957 e quatro na edição de 1959. Garrincha teve apenas uma derrota pela Seleção, em 1966, por 3 a 1 para a Hungria. Em 62, com a contusão de Pelé, Garrincha foi considerado o melhor jogador do torneio que acabou se tornando a “Copa do Garrincha”.
Após uma carreira promissora, o futebol perdeu Garrincha para o alcoolismo, problema que ele enfrentou por alguns anos. Aos 49 anos, um ídolo de toda uma geração deixava seus fãs órfãos, vítima de uma cirrose hepática. Além do Botafogo, passou por outros grandes clubes, como Flamengo, Corinthians, Portuguesa Santista e etc, mas de fato, ele se tornou um ídolo entre os botafoguenses.