Nova cirurgia e preocupação no Santos

A meia-atacante Thaisinha, camisa 10 do time feminino do Santos, passou por uma artroscopia no joelho esquerdo na manhã desta terça-feira (18), reacendendo o alerta no departamento médico. O procedimento teve como objetivo reparar uma lesão na cartilagem e no menisco, que vinha limitando sua evolução física. A cirurgia ocorreu no Hospital São Luiz do Morumbi, em São Paulo, sob cuidados do Dr. Moises Cohen e da médica santista, Dra. Mariana Paro. Esta é a segunda intervenção no mesmo joelho, já que a atleta foi operada também em dezembro de 2024. A ausência prolongada preocupa a comissão técnica, que perde uma peça importante para a sequência do ano.

Thaisinha em seu retorno ao Santos. Foto: Flávio Hopp
Thaisinha em seu retorno ao Santos. Foto: Flávio Hopp

De acordo com o Santos, a cirurgia foi bem-sucedida e sem qualquer intercorrência. Assim que receber alta hospitalar, Thaisinha dará início ao processo de reabilitação com o Departamento Médico e de Fisioterapia do clube. A atleta não atua desde a derrota para o Red Bull Bragantino, no dia 10 de outubro, e segue sem previsão de retorno aos gramados. O clube trata o caso com cautela, priorizando a recuperação completa para evitar novas intervenções. Embora esteja fora das listas recentes, sua presença no elenco é considerada estratégica para o futuro do projeto santista.

A temporada do Santos ganhou um novo rumo após a eliminação na primeira fase do Paulistão Feminino. Sem avançar às semifinais, o time agora disputa a Taça Paulista, torneio que reúne equipes que ficaram fora da etapa decisiva do estadual. Neste sábado (22), às 10h, em Diadema, o Peixe enfrenta o São José pelas quartas de final. A ausência de Thaisinha representa um desfalque significativo no setor criativo, especialmente por sua capacidade de organização e chegada ao ataque. A equipe buscará alternativas para manter competitividade no torneio.

Thaisinha treinando com a camisa das sereias. Foto: Reinaldo Campos/Santos

Temporada instável e importância dentro do elenco

Thaisinha foi uma peça-chave no acesso do Santos à elite do futebol paulista e construiu uma temporada de contrastes ao longo de 2025. A meia-atacante disputou 15 das 29 partidas do time no ano, marcando dois gols e participando ativamente da criação ofensiva. Apesar das limitações físicas, sua experiência e liderança seguem valorizadas internamente. Seus períodos fora de jogo impactaram diretamente o desempenho coletivo do Santos, que oscilou em momentos decisivos do calendário. A expectativa é de que o processo de recuperação permita seu retorno em condições ideais.

A relação de Thaisinha com o Santos é antiga e carregada de significado. Em sua primeira passagem, entre 2009 e 2011, despontou como uma das grandes promessas do futebol feminino no país. Após experiência internacional no Red Angels, da Coreia do Sul, retornou à Vila Belmiro em 2020, consolidando-se como referência técnica do elenco. Desde então, tem sido protagonista em campanhas decisivas, mesmo convivendo com lesões. O novo procedimento cirúrgico representa mais um desafio em sua trajetória, mas o clube se mantém confiante em sua recuperação.

A ausência da camisa 10 pesa não apenas na formação tática, mas também no ambiente do grupo. Thaisinha é vista como liderança natural dentro do vestiário, exercendo influência positiva sobre jovens talentos. Seu afastamento prolongado cria a necessidade de adaptação por parte da comissão técnica, que precisa redistribuir responsabilidades ofensivas. Mesmo distante dos gramados, a atleta segue acompanhando o time de perto, reforçando o compromisso com a equipe. O processo de reabilitação será fundamental para sua reinserção ao elenco ao longo de 2026.

Expectativas para retorno e o papel estratégico no futuro

Enquanto o Santos mira a Taça Paulista e a reestruturação para a próxima temporada, Thaisinha permanece como peça estratégica nos planos da comissão técnica. A falta de previsão para retorno exige paciência de todos os envolvidos, mas o clube aposta em sua plena recuperação para retomar o protagonismo. “O trabalho agora é de cuidado e tempo”, reforçam fontes internas, mantendo confiança na evolução do caso. Com experiência, qualidade técnica e identificação com a camisa, a camisa 10 segue como referência viva da equipe. O desfecho de sua reabilitação será determinante para o futuro do Santos no futebol feminino.