Erro no fim e adeus à vaga
O Grêmio se despediu do Brasileirão Feminino 2025 com gosto amargo. Jogando em casa e com a classificação na mão, as Gurias Gremistas viram a vaga escapar após um empate em 1 a 1 contra o Flamengo, já eliminado da competição.
A vilã da noite? Uma falha coletiva na marcação que deixou Vitória Almeida livre para empatar aos 37 do segundo tempo e selar a eliminação tricolor ainda na fase de grupos. O time gaúcho até saiu na frente com um golaço de Amanda Brunner.
Dominando na primeira etapa, o Imortal pecou nas finalizações e nas escolhas de ataque. A substituição da artilheira aos 29 do segundo tempo foi decisiva para a queda de rendimento. Sem força ofensiva e vulnerável atrás, cedeu o empate e não teve forças para reagir.
Um filme repetido: Grêmio e os tropeços no mata-mata
O histórico recente do Grêmio no Brasileirão revela um padrão preocupante: dificuldades em momentos decisivos. Em 2024, o time caiu nas quartas de final para o São Paulo, após empatar em 0 a 0 fora de casa e ser derrotado no agregado por 2 a 1. Naquela ocasião, o ataque falhou nas finalizações, desperdiçando chances claras.
Nas temporadas de 2020 e 2021, o roteiro foi parecido. O Imortal até chegou às quartas de final, mas sucumbiu diante da pressão nos jogos eliminatórios. Soma-se a isso um problema recorrente de disciplina.
Foto: Caroline Motta/Grêmio FBPA
Somente em 2025, o time já acumulava sete expulsões antes do jogo contra o Flamengo. A falta de controle emocional vem comprometendo o rendimento coletivo e reforça a tese de que os erros vão além do campo técnico.
O desafio de virar a chave com Cyro Leães
Com a chegada do técnico Cyro Leães, oTricolor tem a missão de corrigir esses padrões negativose mirar alto nas próximas competições: o Campeonato Gaúcho e a Copa do Brasil, que começam em agosto. Para isso, será essencial reorganizar a defesa, trabalhar a eficácia ofensiva e reforçar o equilíbrio emocional do elenco.
O time precisa evitar gols nos minutos finais, como o sofrido diante do Rubro-Negro, e mostrar maturidade em decisões táticas. Jogadoras como Giovaninha e Pini terão papel crucial em jogos grandes, enquanto Cyro precisará calibrar melhor as substituições, evitando o apagão ofensivo que custou caro na última rodada.