Início equilibrado na Espanha
A Seleção Brasileira feminina sofreu uma derrota por 3 a 1 para a Noruega, em amistoso realizado no Estádio Municipal de La Línea, na Espanha. O confronto começou com equilíbrio, e o Brasil chegou a mostrar iniciativa ofensiva nos primeiros minutos. Mesmo assim, a equipe comandada por Arthur Elias encontrou dificuldades para manter o ritmo diante de uma Noruega mais organizada e eficiente. O primeiro tempo terminou empatado, mas a etapa final consolidou a superioridade europeia.

O time brasileiro quase abriu o placar logo aos três minutos, quando Bia Zaneratto conduziu contra-ataque veloz, aplicou uma caneta no meio e acionou Luany, que finalizou para boa defesa da goleira norueguesa. A resposta veio rapidamente em jogada aérea, com Hegerberg cabeceando rente à trave. No entanto, a Noruega mostrou mais precisão e, aos dez minutos, abriu o placar em transição rápida finalizada por Gaupset. O Brasil sentiu o golpe, mas manteve competitividade.
Mesmo após sofrer o gol, a equipe brasileira voltou a crescer na partida. Aos 38 minutos, Luany encontrou Bia Zaneratto em profundidade, obrigando Fiskerstrand a trabalhar para evitar o empate. A pressão foi recompensada aos 43, quando Angelina cobrou escanteio com precisão e Mariza subiu firme para marcar de cabeça, deixando tudo igual. O empate refletiu um primeiro tempo de alternâncias, com o Brasil demonstrando reação importante.
Superioridade norueguesa na volta do vestiário
Na segunda etapa, porém, o cenário mudou. A Noruega retornou com ritmo mais intenso, explorando espaçamentos defensivos e pressionando a saída brasileira. Em novo contra-ataque bem executado, Gaupset apareceu novamente para recolocar as europeias na frente. A defesa brasileira teve dificuldades para conter a movimentação norueguesa, especialmente pelos lados do campo, onde as adversárias encontravam mais liberdade.
Atrás no placar, o Brasil tentou acelerar as ações ofensivas, mas pecou nas tomadas de decisão e no último passe. A equipe mostrou dificuldade para manter posse de bola sob pressão e acabou cedendo transições perigosas para as adversárias. O controle emocional, que havia sido um ponto positivo na primeira etapa, desapareceu em momentos cruciais da partida, dificultando a retomada do ritmo competitivo.
Nos instantes finais, a Noruega voltou a ser eficiente. Em jogada construída pela esquerda, a equipe europeia encontrou espaço para finalizar e marcar o terceiro gol, novamente com Gaupset. O placar de 3 a 1 confirmou uma atuação segura das norueguesas, que souberam aproveitar as brechas defensivas brasileiras. O resultado evidenciou a necessidade de ajustes para enfrentar seleções de alto nível.
Lições e próximos desafios
A derrota serve como alerta para a Seleção Brasileira sobre a importância de manter consistência durante os 90 minutos. Apesar de bons momentos no primeiro tempo, o time oscilou e permitiu que a Noruega ditasse o ritmo na etapa final. Com novos compromissos internacionais pela frente, Arthur Elias deverá focar em correções táticas, especialmente na recomposição e na tomada de decisão ofensiva, buscando evolução antes dos próximos desafios.