O futebol feminino no Brasil tem crescido rápido, com mais transmissões, transferências internacionais e atenção às categorias de base. Mesmo com esse avanço, com torcedoras engajadas, clubes investindo e novos patrocínios, ainda existem desafios, como infraestrutura, cobertura da mídia e salários mais justos, que precisam ser enfrentados.

Para entender o que virá pela frente e como será crescimento, o Bolavip Brasil reuniu 20 previsões para os próximos 10 anos. Baseadas em dados e inteligência artificial, essas projeções mostram como o futebol feminino deve evoluir, com melhorias em tecnologia, marketing e formação de jogadoras, criando mais oportunidades e inovação no esporte dentro e fora do Brasil.
20 – Crescimento global da audiência
O futebol feminino está em plena ascensão, com previsão de crescimento expressivo da audiência global nos próximos anos, segundo a IA. Eventos como a final olímpica em 2024, com a Seleção Brasileira Feminina entre as finalistas, e a decisão do Brasileirão Feminino de 2025, que registrou recordes de audiência na TV Globo, refletem essa tendência.
O aumento da cobertura midiática e a presença em plataformas digitais estão consolidando torcidas fiéis e atraindo novos fãs em diversos países. Esse crescimento não só fortalece economicamente clubes e federações, mas também projeta o Brasil como protagonista na expansão global do futebol feminino.
19 – Mais campeonatos internacionais
O futebol feminino brasileiro deve ganhar impulso com a previsão de mais campeonatos internacionais nos próximos anos. Hoje, os clubes disputam apenas a Copa Libertadores Feminina, enquanto no masculino há também a Copa Sul-Americana. Já o Mundial de Clubes, a Fifa anunciou a primeira edição para 2028, abrindo espaço para maior protagonismo brasileiro fora do país.
A expansão de torneios entre clubes de diferentes países elevará o nível técnico, estimulará rivalidades globais e permitirá intercâmbio tático e cultural constante. Com isso, equipes brasileiras poderão profissionalizar suas estruturas, atrair patrocinadores internacionais e desenvolver novos talentos, reforçando o protagonismo do Brasil no futebol feminino mundial.
18 – Profissionalização total
Atualmente, o futebol feminino no Brasil ainda é, em grande parte, amador. Muitas jogadoras não recebem salário, e algumas ganham menos que um salário mínimo, enquanto em diversos estaduais, times ainda não oferecem remuneração formal. Essa realidade limita o desenvolvimento das atletas e a competitividade das competições nacionais.
A previsão é que todos os clubes, inclusive os menores, passem a contratar jogadoras em regime profissional, garantindo estabilidade e dedicação total ao esporte. Com contratos formais, benefícios estruturais e investimento em equipes técnicas, o futebol feminino brasileiro ganhará qualidade, atraindo talentos e fortalecendo sua presença no cenário global.
17 – Investimento em categorias de base
Atualmente, a grande maioria dos grandes clubes brasileiros ainda não possui todas as categorias de base no futebol feminino, como acontece no masculino. Alguns times, como o Flamengo, chegaram a fechar algumas categorias, e há poucas competições para jovens jogadoras, dificultando a formação de talentos desde cedo no país.
A previsão é que a formação de jogadoras se torne prioridade, com programas voltados ao desenvolvimento técnico, físico e psicológico. Academias, escolas e projetos comunitários serão fortalecidos, ampliando a base de talentos, promovendo inclusão e impulsionando a profissionalização e o crescimento do futebol feminino no Brasil.
16 – Equidade salarial
Na última Copa do Mundo feminina, por exemplo, ficou evidente a disparidade salarial entre homens e mulheres no futebol, com Marta recebendo US$ 400 mil e Neymar US$ 50 milhões. No Brasil, essa diferença também aparece nos clubes: o campeão do Brasileirão Feminino, Corinthians, paga à Zanotti cerca de R$ 50 mil por mês, enquanto Yuri Alberto recebe R$ 1,7 milhão no masculino.
Segundo a previsão é que essa diferença de remuneração continue diminuindo, com clubes e federações adotando políticas mais justas e equitativas. Ajustes nas ligas locais e nas seleções aumentarão o valor do mercado, atrairão patrocinadores conscientes e incentivarão novas gerações de jogadoras a escolherem o futebol como carreira profissional.
15 – Mais tecnologias nos jogos
No futebol feminino brasileiro, o uso do VAR ainda não é uniforme em todas as competições. Na Copa do Brasil deste ano, por exemplo, alguns clubes chegaram a solicitar à CBF a presença do árbitro de vídeo, já que desde o início do torneio a tecnologia não havia sido utilizada, gerando discussões sobre a justiça das partidas.
Assim, a previsão da IA é que o futebol feminino adote cada vez mais tecnologias, como o VAR e o impedimento semiautomático, já presentes no masculino. Essas ferramentas devem aumentar a precisão das decisões, reduzir erros de arbitragem e tornar os jogos mais justos, elevando a competitividade e a credibilidade do esporte no país.
14 – Treinamento personalizado
O futebol feminino no Brasil ainda enfrenta problemas básicos, com poucos campos bons, equipamentos limitados e locais de treino inferiores aos do masculino. Muitas jogadoras acabam treinando em centros secundários, enquanto os times masculinos e principais recebem toda a estrutura, mostrando a desigualdade.
A previsão é que os treinos se tornem personalizados, usando dados de desempenho e métricas físicas. Cada jogadora terá exercícios adaptados, o que vai reduzir lesões, melhorar o rendimento e ajudar toda a equipe a evoluir, fortalecendo o futebol feminino no país.
13 – Prevenção de lesões
Recentemente, o caso de Byanca Brasil, atacante do Cruzeiro, reacendeu o debate sobre a prevenção de lesões no futebol feminino brasileiro. A atleta sofreu uma lesão ligamentar no tornozelo, mostrando as lacunas na preparação física e médica das jogadoras. Especialistas destacam ausência de um protocolo eficiente para prevenção nas categorias de base agrava os riscos de lesões graves em mulheres.
A previsão é que a tecnologia transforme a prevenção no futebol feminino, com sensores, softwares e análise biomecânica para monitorar fadiga, impactos e sobrecarga. Programas contínuos desde a base permitirão intervenções precisas, reduzindo afastamentos prolongados, aumentando segurança e performance das jogadoras e fortalecendo o desenvolvimento do esporte no Brasil.
12 – Acesso digital ampliado
Nos últimos anos, o futebol feminino brasileiro começou a ganhar mais espaço na TV, com a CBF fechando acordos com o Grupo Globo e a NSports para transmitir a Copa do Brasil Feminina, além do Brasileirão Feminino. Apesar do avanço, a cobertura ainda é bem menor que a do masculino, mostrando que há espaço para crescimento e maior valorização da modalidade.
A previsão é que o acesso digital se amplie, com transmissões globais e plataformas online permitindo acompanhar os jogos de qualquer lugar do mundo. Estatísticas, análises e entrevistas em tempo real tornarão a experiência mais interativa, aumentando engajamento, visibilidade das jogadoras e oportunidades de patrocínio para clubes e ligas brasileiras.
11 – Marketing e patrocínios
Hoje, o patrocínio no futebol feminino brasileiro é bem menor que no masculino, com valores menores e pouca visibilidade nas camisas ou ações de marketing. Recentemente, o Cruzeiro renovou o contrato com a Gerdau por mais dois anos, mantendo o investimento atual, sem aumentar, mostrando a dificuldade de trazer mais recursos para a modalidade.
Nos próximos anos, a expectativa é que marcas globais invistam mais no futebol feminino, trazendo campanhas de inclusão e diversidade. Com mídias digitais, produtos licenciados e experiências interativas, clubes e jogadoras terão mais receita, melhores estruturas e um futebol feminino mais forte e profissional no Brasil.
10 – Crescimento da base de fãs jovem
No Brasil, meninas de todas as idades serão cada vez mais incentivadas a jogar futebol desde cedo, criando conexão com ídolos, torcidas e o próprio esporte. Programas escolares, projetos comunitários e ações sociais garantirão acesso seguro e inclusivo, oferecendo oportunidades iguais para todas que desejam entrar em campo.
Essa nova geração de fãs será fundamental para consolidar a popularidade do futebol feminino, estimulando paixão, engajamento e consumo de produtos ligados ao esporte. Com torcedoras engajadas desde a infância, o mercado crescerá de forma sustentável, garantindo futuras atletas e torcedoras comprometidas com o futebol brasileiro.
9 – Integração com esportes eletrônicos
Atualmente, não existem e-sports ou campeonatos virtuais focados no futebol feminino brasileiro, como acontece com o futebol de campo, limitando a conexão das jogadoras com o público jovem e digital. Essa lacuna mostra que ainda há muito espaço para inovação e integração tecnológica na modalidade.
Nos próximos anos, a previsão é de que torneios de e-sports inspirados em ligas femininas devem se tornar comuns, permitindo que jogadoras participem de competições virtuais, criem conteúdos interativos e fortaleçam sua presença nas redes. A experiência digital será mais inclusiva e conectada, aproximando fãs de todas as idades e fortalecendo a imagem do futebol feminino no Brasil e no mundo.
8 – Calendário otimizado
Antes da definição do calendário do Brasileirão Feminino de 2025, surgiram várias reclamações sobre a demora na divulgação e a escassez de datas disponíveis. A falta de planejamento claro afetou treinos, pré-temporada e negociações com patrocinadores, mostrando a necessidade de organização mais estratégica para o futebol feminino no Brasil.
Nos próximos anos, a previsão é que o calendário feminino seja otimizado, evitando sobreposição com torneios masculinos e garantindo maior atenção de mídia, torcedores e patrocinadores. Com datas planejadas, a logística será mais eficiente, a recuperação física das atletas melhorará e a qualidade técnica das partidas aumentará, fortalecendo o futebol feminino como espetáculo completo e atrativo.
7 – Inclusão social
No Brasil, a previsão é que o futebol feminino se torne cada vez mais uma ferramenta de inclusão social, promovendo empoderamento das mulheres e igualdade de gênero. Programas educativos, culturais e esportivos devem criar espaços seguros para meninas aprenderem, se desenvolverem e participarem da sociedade de forma ativa.
Espera-se que projetos sociais vinculados ao esporte reduzam preconceitos, gerem oportunidades de educação e trabalho, e fortaleçam a coesão nas comunidades. Com essa expansão, o futebol feminino poderá trazer impactos positivos no desenvolvimento social, engajamento local e qualidade de vida, tornando-se um agente de transformação duradouro.
6 – Estádios mais equipados
No futebol feminino brasileiro, muitos jogos ainda acontecem em estádios secundários, o que dificulta o uso do VAR e prejudica a experiência de atletas e torcedores. Recentemente, na Copa Libertadores, clubes como o Corinthians criticaram a Conmebol em relação aos gramados ruins, a falta de aquecimento adequado e estádios quase vazios, mostrando a necessidade de melhorias na infraestrutura.
A previsão é que, nos próximos anos, os estádios sejam modernizados para receber partidas femininas de alto nível, com segurança, conforto, tecnologia e acessibilidade. Telões, som de qualidade e áreas interativas tornarão a experiência mais atraente, aumentando o público e fortalecendo a cultura das torcidas femininas no Brasil e no mundo.
5 – Crescimento do futebol de base feminino
Atualmente, o futebol feminino brasileiro ainda enfrenta poucos torneios e poucas categorias de base estruturadas em clubes e seleções, limitando o desenvolvimento de novas jogadoras. Muitas equipes ainda não possuem times amadores ou profissionais voltados para as meninas, o que dificulta o surgimento de talentos.
Nos próximos anos, a expectativa é que clubes invistam fortemente na base, com programas desde a infância, escolas, academias e projetos sociais, criando espaços seguros e treinamentos estruturados. Essa expansão vai formar futuras estrelas, aumentar a competitividade das ligas e fortalecer a diversidade e inclusão no futebol feminino nacional.
4 – Cobertura jornalística ampliada
A cada ano, a cobertura do futebol feminino brasileiro cresce em portais, programas de TV e redes sociais, mas ainda é limitada e fragmentada. Informações, estatísticas e dados detalhados são escassos, e não há acompanhamento diário como ocorre no masculino no Brasil.
Nos próximos anos, a previsão é de uma cobertura mais profissional e aprofundada, com jornalistas especializados analisando táticas, desempenho e estatísticas. Podcasts, documentários e plataformas digitais ampliarão o acesso ao público, fortalecendo a imagem das jogadoras e consolidando o futebol feminino no Brasil e no mundo.
3 – Reconhecimento individual
Nos últimos anos, o futebol feminino mundial vem ganhando destaque, e premiações individuais começaram a valorizar jogadoras de alto nível. No Brasil, porém, esse reconhecimento ainda é escasso, limitado a troféus de melhores jogadoras de campeonatos ou partidas, sem a mesma repercussão e visibilidade que o masculino alcança.
A previsão é que prêmios, rankings e reconhecimentos para jogadoras ganhem força, visibilidade na mídia e entre torcedores, incentivando superação e elevando o nível técnico. Esse reconhecimento criará ídolos que inspirarão meninas, fortalecerá a imagem das atletas e ajudará a consolidar uma nova geração de líderes no futebol feminino.
2 – Internacionalização de atletas
Nos últimos anos, o futebol feminino brasileiro vem registrando grandes transferências, como Isa Chagas saindo do Cruzeiro para o PSG e Amanda Gutierres, do Palmeiras, indo para o Boston Legacy, nos Estados Unidos. Esses negócios mostram o talento das jogadoras brasileiras e colocam o país em evidência no futebol mundial.
A previsão é que cada vez mais jogadoras brasileiras atuem no exterior, ganhando experiência e visibilidade. Essa internacionalização vai ajudar a melhorar o nível do futebol no Brasil, criar novos ídolos e mostrar a força do futebol feminino brasileiro para o mundo.
1 – Maior integração com ciência esportiva
Atualmente, o futebol feminino brasileiro ainda conta com poucos profissionais especializados, laboratórios e equipamentos dedicados à ciência esportiva, diferente do que ocorre no masculino. Isso limita o acompanhamento físico, nutricional e psicológico das jogadoras, impactando a performance e aumentando o risco de lesões.
Nos próximos anos, a preparação das atletas será cada vez mais pautada em ciência esportiva, com planos de treino personalizados, nutrição, psicologia e monitoramento físico. O suporte multidisciplinar permitirá evolução técnica constante, performance de alto nível e carreira mais longa, fortalecendo o futebol feminino no país e no mundo.