Aline Pellegrino comenta sobre Copa do Brasil

Após sete anos fora do calendário, a Copa do Brasil Feminina voltou a ser disputada nesta temporada. Em entrevista ao Lance!, Aline Pellegrino ressaltou que o torneio tem papel decisivo no fortalecimento da modalidade e se conecta diretamente ao propósito que assumiu nos bastidores da CBF.

Aline Pellegrino. Foto: Wagner Meier/Getty Images
© Getty ImagesAline Pellegrino. Foto: Wagner Meier/Getty Images

Ex-capitã da Seleção Brasileira, Aline pendurou as chuteiras em 2013 e, desde 2020, ocupa o cargo de coordenadora de competições femininas na entidade. Para ela, o retorno da competição é um marco importante dentro do projeto de crescimento do futebol feminino no país.

Ex-jogadora vê crescimento com volta do torneio

Acho que o saldo é muito positivo, até porque a gente tinha um desafio inicial em retomar a competição. Quando essa competição acontece pela primeira vez, em 2007, é logo depois da Copa do Mundo, que a gente volta daquele vice-campeonato. E as pessoas não entendiam como a seleção que foi vice-campeã não tinha uma competição nacional naquele momento”, disse Pellegrino.

A criação da primeira edição da Copa do Brasil Feminina aconteceu após o impulso gerado pelo título no Pan-Americano do Rio de Janeiro e pela campanha do vice-campeonato mundial. Mesmo com esses feitos expressivos, a modalidade ainda engatinhava no país e carecia de uma base sólida de competições organizadas.

Aline e Formiga. Foto: Wagner Meier/Getty Images

“E aí, quando a gente olha para essa competição retornando em 2025, é um contexto que a gente tem três divisões das competições nacionais femininas. Então, você tem a A1 com 16 clubes, que no ano que vem vai para 18. Você tem a A2 com 16 clubes, que em 2027 vai para 18 clubes também. E você tem uma A3 com 32 clubes”, complementou a coordenadora.

Outros pontos

Mesmo reconhecendo os progressos, Aline Pellegrino ressalta que ainda existe espaço para evolução em diversas áreas. Segundo a dirigente, o passo inicial foi estruturar uma base sólida, permitindo que a Copa do Brasil Feminina tenha condições de se desenvolver nas próximas temporadas.

“Uma das coisas também importantes da Copa do Brasil, para além de trazer todas essas equipes, tanto da primeira, segunda e terceira divisão, é o aumento calendário, por mais que sejam poucas datas ainda. É jogo único, que também equilibra tecnicamente. Então, uma coisa é eu pegar o Corinthians em ida e de volta, outra coisa é eu enfrentar o Corinthians em casa e fazer o jogo da minha vida, e o Corinthians vai ter que dar o máximo.”, disse a ex-jogadora.

“Se a gente sai com o sarrafo lá em cima, depois a margem é pequena de crescimento. E não é que não pode sair, é claro que pode sair, mas a gente precisa já ter base e alicerce para isso.”, finalizou Aline.