Marcelo relembra seu retorno ao Fluminense
O Fluminense fez uma temporada de 2023 para ninguém botar defeito. E quem foi um dos líderes dessa conquista foi o lateral-esquerdo Marcelo, que começou sua carreira no Fluzão, mas antes de voltar ao time do Coração fez muito sucesso na Seleção Brasileira e no Real Madrid.
Em seu retorno ao Fluminense no ano passado, Marcelo foi campeão carioca, com direito a gol na final, e esteve com o time na inédita conquista da Libertadores, algo que o jogador sempre sonhou em sua carreira. Além disso, recentemente, o medalhão venceu a Recopa Sul-Americana.
Mas antes de viver essa experiência única e ímpar em sua vida, Marcelo pensou mesmo se valeria a pena voltar ao Brasil e aceitar o convite do presidente Mário Bittencourt. O veterano contou como aceitou a atuar no atual campeão da Libertadores.
“Eu ia parar ali. Vou sair do Real Madrid. Queria voltar pro Fluminense, mas pensei em parar de jogar bola. Tenho minhas empresas. Ia focar em ver meu filho crescer jogar futebol. Veio a proposta do Olympiacos e eu falei que não queria. O meu filho mais velho falou para eu não parar, que queria me ver jogando ainda. Minha mulher falou que achava que ainda dava. Aí fui para lá, foi uma aventurinha assim. Fiquei seis meses. Aprendi muita coisa”, afirmou o profissional que continuou.
Marcelo conta como foi a conversa com Mário Bittencourt para fechar com o Fluminense
“Entre mim e o clube entramos num acordo porque o Fluminense estava chamando. E me despertou isso também. Eu tinha isso que se fosse para voltar, teria de estar com muita vontade. O Mário (Bittencourt) já tinha até falado, fez uma proposta antes”, disse Marcelo que continuou.
“Quando eu saí do Real Madrid, pensei que não queria mais. Aí pensei em ficar perto do Enzo, jogando na Grécia. Ele estava com 13 anos e eu estaria a três horas de voo”, disse ao Podpah, prosseguindo.
Marcelo já pode ser considerado ídolo do Fluminense?
Marcelo já pode ser considerado ídolo do Fluminense?
48 PESSOAS JÁ VOTARAM
“Aí foi o gatilho para ver que ele era maduro e responsável pra poder voltar pro Brasil. Se desse uma merda, eu estaria a três horas de voo. Do Brasil são dez e tem que ver o voo que vai. Eu queria muito voltar. Prometi pra mim mesmo que se eu voltasse pro Brasil seria pro Fluminense, que me deu tudo. Eu vim no amor mesmo. Que alegria”
Por fim, antes de encerrar a entrevista, Marcelo conversou sobre a conversa que teve com Fernando Diniz antes de fechar com o Fluminense. O medalhão salientou que o treinador fez várias perguntas ao profissional entre elas se ia passar umas férias no Clube ou se jogaria bola para valer.
Marcelo revela conversa tensa com Diniz antes de dizer sim ao Fluminense
“Quando eu falei com o Diniz pelo telefone, ele deixou bem claro pra mim: “Você quer jogar ainda?” E eu perguntei: “Por que?” Ele disse: “Porque eu quero saber. Tu vai vir pra cá de férias ou vai jogar?” Disse pra ele que queria jogar. Nunca fui de férias pra lugar nenhum. Já deixamos claro e foi ali que a gente conectou mesmo, é isso. Se eu for, vou correr, jogar, o que der pra fazer vou tentar fazer. Então fechou”, disse o lateral-esquerdo que concluiu.
“Chegando no Fluminense, meu irmão, falamos da possibilidade de ganhar isso, aquilo, jogar assim e tal, jogo dessa maneira. E foi criando uma parada em mim. Não vou deixar meu filho na Espanha e vir para cá de sacanagem. Senão era melhor parar logo – contou Marcelo, que seguiu falando sobre Diniz:
“A relação do Diniz com a gente é de pai para filho. Ele tenta ajudar todo mundo. Não quer saber se tu vai meter gol de bicicleta ou se vai pra Seleção. Ele quer te ajudar pra vida, eu entendi isso dele. Eu acho isso muito foda, tá maluco. Título é bom pra caramba, mas mudar a cabeça do moleque e mostrar pra ele que pode fazer uma jogaa maneira, é mais maneiro pra ele, é um título. Ele parece muito o Mourinho. Ele consegue mexer no ponto que o cara precisa.
Marcelo tentará ao lado de Fernando Diniz o bicampeonato da Libertadores. A estreia do Fluzão será nesta quarta-feira (3), às 21h30h, diante do Alianza Lima, no Peru. O grupo A ainda conta com Cerro Porteño, do Paraguai e Colo-Colo, do Chile