Fluminense e Al Hilal duela por uma vaga na semifinal

Após uma classificação histórica diante da Internazionale, da Itália, o Fluminense volta a campo nesta sexta-feira (4), às 16h, para enfrentar o Al Hilal, da Arábia Saudita, pelas quartas de final do Mundial de Clubes. A partida será no Camping World Stadium, em Orlando-FL.

Fluminense buscará ser o primeiro semifinalista do Mundial de Clubes (Photo by Buda Mendes)
© Getty ImagesFluminense buscará ser o primeiro semifinalista do Mundial de Clubes (Photo by Buda Mendes)

O Tricolor, segundo colocado do Grupo F, eliminou a Inter de Milão nas oitavas com vitória categórica. Já os sauditas, segundos colocados do Grupo H (ficando atrás do Real Madrid, da Espanha), derrotaram o Manchester City (Inglaterra) por 4 a 3, na prorrogação. E, para a partida na Flórida, Fluminense e Al Hilal devem protagonizar um interessante duelo tático.

O Fluminense de 2025, sob o comando de Renato Gaúcho, atua com base em um 4-2-3-1 que valoriza a posse e a organização ofensiva. A equipe constrói desde a defesa com laterais participativos e volantes que oferecem sustentação na transição, como Martinelli e Otávio. A ideia é dominar a bola e ditar o ritmo da partida.

Arias e Cano comandam o letal ataque do Fluminense

No ataque, o Tricolor aposta em triangulações curtas pelos lados e na movimentação inteligente de jogadores como Arias e Cano. A equipe mantém pressão alta sem a bola, buscando sufocar o adversário no campo ofensivo e criar oportunidades com troca de passes curtos e acelerações pontuais em direção ao gol.

Já o Al Hilal de Simone Inzaghi opera majoritariamente no 3-5-2, com construção paciente e transições velozes. A saída de bola é feita com três zagueiros e dois volantes que distribuem o jogo, priorizando a posse controlada até encontrar espaços entrelinhas. Na fase defensiva, o time recua em um 5-3-2 compacto e disciplinado.

Ofensivamente, a equipe saudita é letal nos contra-ataques. Com atacantes rápidos como Marcos Leonardo e Al-Dawsari, o Al Hilal se aproveita dos espaços deixados por rivais propositivos. Inzaghi também promove variações de intensidade: alterna pressão alta pontual com linhas médias ou baixas, conforme o adversário.

Al Hilal está invicto no Mundial de Clubes (Photo by Richard Pelham/Getty Images)

Confronto colocará estilos bem distintos frente a frente

Taticamente, o duelo opõe dois estilos bem distintos: o Fluminense quer a bola, controla os setores e aposta em triangulações curtas; o Al Hilal prefere reagir, fechar espaços e explorar o erro rival em transições. A disputa será por quem dita o ritmo: posse progressiva ou resposta rápida com espaço para correr.

O Fluminense pode se beneficiar se conseguir manter a posse com qualidade, atrair os alas do Al Hilal e acionar seus pontas nas costas da defesa. A pressão alta também pode ser uma arma, dificultando a construção curta dos sauditas e forçando erros que levem à criação de chances.

Por outro lado, o Tricolor pode se prejudicar se expuser sua defesa em transições. A postura ofensiva, com muitos jogadores no campo adversário, abre brechas para contra-ataques rápidos, justamente onde o Al Hilal é mais perigoso. Também pode enfrentar dificuldades caso não consiga furar o bloco baixo saudita, algo que já foi um desafio ao longo da temporada.

Na temporada 2025, o Fluminense entrou em campo 40 vezes, com 21 vitórias, 12 empates e sete derrotas, com 62,50% de aproveitamento. No geral, o Tricolor marcou 65 gols e sofreu 29. Já o Al Hilal (na temporada 2024/25) tem 55 jogos, com 37 vitórias, 11 empates e sete derrotas, com 73,93% de aproveitamento. O Al Hilal marcou 152 gols e sofreu 61 no período.