Preocupação total nas Laranjeiras
Na última quarta-feira (19), o Fluminense encarou o Cruzeiro, no Mineirão, e amargou derrota de 2 a 0. Resultado complicado, que deixou o Tricolor na lanterna da competição, com seis pontos. Em 10 jogos, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz venceu apenas uma partida, perdeu seis e empatou três.
Contudo, a torcida do Nense já começa a pedir a demissão do treinador, que durante a sua entrevista coletiva, partiu para explicações: “O time hoje não foi o mesmo que jogou contra Juventude, Botafogo ou Atlético-GO. O jogo de hoje não tem nada a ver com os outros. Jogamos bem contra o Cruzeiro, time todo mexido, com muitos jogadores fora”.
O treinador do Flu também reclamou da arbitragem: “A equipe conseguiu produzir, poderia ter ganhado o jogo, mas perdeu. Teve um pênalti que, na minha opinião, foi inexistente. O árbitro teve interferência direta na partida”.
Diniz está confiante em uma reação e chamou atenção ao apontar um motivo curioso para a queda de rendimento da equipe: “Se você for falar da temporada (2024)… Quando a gente estava com vento totalmente a favor, com a torcida do nosso lado e estava mais fácil, a gente foi muito leniente. Eu atribuo isso muito à conquista da Libertadores. E agora a equipe está voltando. No jogo de hoje, acho que deu uma resposta positiva que não se traduziu no resultado do jogo. O time pode voltar a fazer uma grande temporada”.
Sobre reuniões da diretoria para demissão
A lanterna também foi abordada pelo comandante, bem como, a sua possível demissão. Neste contexto, o treinador comentou sobre as reuniões que já debatem o seu futuro: “Lógico que (estar na lanterna) mexe. É um sentimento horroroso. Muito ruim. Tem que ser forte, trabalhar muito e achar soluções para que o Fluminense saia dessa situação. Tem todas as condições de sair disso. Temos reuniões de maneira natural, a gente não tem reunião por conta só do momento. As reuniões acontecem toda semana, quase todo dia eu tenho reunião com o Paulo Angioni. Falo com o Fred, então não é nada assim alarmante”.
O que precisa mudar também foi destacado: “Quando eu falei de mudança, não é em relação necessariamente a peça, é em relação ao estado anímico do time, de como se comportar, como marcar, como construir, e na minha opinião hoje a gente teve uma mudança significativa no sentido de como a gente se comportou diante do Cruzeiro aqui”.
Diniz se posicionou sobre uma possível demissão: “É uma coisa que não gosto, mas não me preocupa. Ninguém gosta de estar com o nome na arquibancada pedindo saída. Mas é uma coisa que sei acolher com respeito, já falei outras vezes. A gente não conseguir resultado é muito determinante para as análises, mas nos jogos do Brasileiro, posso citar um a um. Pelo que produzimos, embora a equipe esteja devendo, tivemos muitos jogos”.
Tricolor atingiu o teto?
Para finalizar, o treinador comentou sobre limites para o trabalho: “O resultado não vem, e a análise fica muito em cima do resultado. O torcedor, eu entendo de maneira completa. Trabalhou muito e agora chegou no teto? Se não for o teto e o time começar a ganhar, aí vai mudar a opinião, porque o resultado vem. Se jogar mal e ganhar três, quatro, cinco jogos, aí o trabalho já não ficou mais no teto. É uma coisa que não consigo ver dessa forma”.
“Vejo ao contrário disso: não vejo teto para trabalho, a gente sempre tem coisas para melhorar. Quando chega numa fase dessas, e talvez seja um desejo pessoal também, que ocorra uma mudança. O futebol é uma coisa cruel, essa máquina de moer gente o tempo todo em que a gente fica submetido ao resultado dos jogos”, concluiu o treinador.