Adeus do Professor foi inevitável

Na última segunda-feira (24), o Fluminense encerrou o ciclo do trabalho de Fernando Diniz, que deixa um legado histórico nas Laranjeiras. Afinal, além da identificação inegável com o Clube, o treinador comandou o Clube na inédita conquista da Copa Libertadores. Mas, a lanterna no Brasileirão Série A pesou e Bittencourt optou por um novo caminho.

Por que foi o fim do Dinizismo? O presidente responde
© Lucas MerconPor que foi o fim do Dinizismo? O presidente responde

A despedida do Professor foi comovente, com muitas pessoas do cotidiano do Clube tocada pela saída de Diniz. Nesta terça-feira (25), foi a vez do presidente do Clube abordar a demissão. A situação que mais chamou atenção, é o fato da demissão ter acontecido após a renovação. Bittencourt explicou.

“A gente quando comanda um clube toma decisões baseadas em nossos conceitos. Eu fiz um alongamento do contrato dele até o final de 2025. Essa extensão foi baseado no que a gente acreditar, que é tentar dar longevidade ao trabalho dos treinadores. Uma prova disso é que o Fernando é o treinador mais longevo do Fluminense no século”, iniciou o dirigente.

Na sequência, o mandatário expôs que praticamente seguiu o pedido da massa: “O tempo de trabalho permite isso. Quando acabou a Libertadores recebia centenas de milhares de mensagens pedindo que o contrato fosse renovado por 10 anos. A legislação não permite isso. Nessa renovação, eu fiz a extensão somente até o final do meu contrato. Eu poderia ter feito até meados de 2026. Mas fiz a prorrogação de um ano e meio porque acreditava que o trabalho voltaria a dar os resultados que a gente vinha tendo”.

Por que demitiu?

O rompimento, depois de uma parceria que sempre se mostrou harmônica, também foi explicado: “A gente acreditava que retomaria a performance e os resultados. Não existe um número de derrotas específicas. Existe uma avaliação técnica do trabalho que vinha sendo feito ao longo da temporada. A gente estava classificado na Libertadores, Copa do Brasil e mal no Brasileiro. Ficamos 6 meses tentando reencontrar o elo. A gente conversava com o Fernando. O futebol tem dia a dia, a performance e o ambiente. Não falo do ambiente interno, a despedida do Fernando foi uma das maiores emoções”.

“Para um presidente, o Fluminense é o mais importante. Não é o Mario Bittencourt, o Diniz. Somos instrumentos para fazer o clube brilhar, assim como os jogadores. Mas todos nós vamos passar e o Fluminense vai seguir. A decisão parte do departamento do futebol e presidência. A gente precisa encontrar caminhos para voltar a vencer e ver a torcida parar de sofrer e sangrar”.

O que explica o entra e sai de Marcão

Coma saída, Marcão assume e Bittencourt fez uma longa explicação sobre o papel exercido pelo interino: “O que a gente tem aqui é um técnico permanente, que é o Marcão. Todas às vezes que ele assume eu falo. O Marcão é muito qualificado, competente, estudioso, tem todas as licenças e um cara com resultados muito importantes”.

Bittencourt detalhou as repetidas vezes que ele foi efetivado: “Bom, por que ele não foi efetivado?”. É um acordo que a gente tem. Ele é um cara muito importante para os momentos das saídas dos treinadores. Por que a gente sempre efetiva o Marcão na saída dos treinadores? Porque o trabalho dele aqui é diário junto do treinador que está aqui. Em todas às vezes que a gente conversou ele falou: “Minha função é ajudar nos momentos de dificuldade”. Muitas vezes ele dá treino para os não relacionados em horários diferentes. A gente tem um processo decisório longo”.