Finalmente o Fluminense conquistou uma vitória, a primeira no Brasileirão, já que estreou na competição com um empate diante do Santos. O triunfo por 1×0 diante do Cuiabá, na Arena Pantanal, no último sábado (16), quebrou a sequência de dois jogos sem vencer, isso porque além do empate diante do Peixe, o Tricolor Carioca foi derrotado pelo Junior, na Libertadores. Após conquistar a vitória, Abel Braga comentou o peso da sequência de jogos para seu elenco.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Abel admitiu que o rendimento da equipe não foi o esperado
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Abel admitiu que o rendimento da equipe não foi o esperado

“Sabe o que acontece? Eu cobro muito meu jogador, mas eu me cobro muito. Eu devia ter feito algumas mudanças no jogo da Sul-Americana. Não que tenhamos um plantel grande, temos jogadores com qualidade e poderia ter trocado para oxigenar mais como fiz hoje. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Nós passamos a madrugada viajando, perdemos uma noite, e depois do jogo de quinta perdemos outra noite. E hoje vamos perder outra noite, porque vamos jogar terça. É desumano. Não quero dar desculpa de nada, Cuiabá foi até Porto Alegre, ficou 5h, chegou de madrugada também. É assim, vimos muitos erros de passe dos dois lados, porque o discernimento não é o ideal. Eles tiveram uma intensidade maior. Controlamos melhor. Qual defesa que o Fábio fez? Nenhuma. Fico feliz pelos jogadores, porque eu acertei na estratégia, podia ter errado aqui e estar confessando”, lamentou Abel.

Outro detalhe que não passou despercebido foi o fato de o triunfo do Fluzão ter vindo com um gol contra marcado por Paulão, nos acréscimos da partida. O vacilo do jogador do Cuiabá caiu como um presente para o Tricolor, todavia não escondeu o desempenho abaixo da equipe de Abel. O próprio treinador admitiu que o time está deixando a desejar.

“No primeiro tempo, o Cuiabá botou intensidade, tivemos três ou quatro chances de chutar e não chutamos. Puxei a orelha deles no intervalo. Está faltando ter mais profundidade. O que acontece, nós temos um jogador que com a bola é um fenômeno, que é o Ganso. Ele faz a equipe se agrupar. Mas tem os atacantes que dão uma opção maior de profundidade. Quando o Luiz Henrique pegava a bola, o Everton dobrava a marcação. O Fred, no meu modo de pensar, foi incrível. Quando a bola estava no sufoco, ele chegava. O Nonato não fazia um jogo há quanto tempo? O Wellington? Tentamos botar jogadores mais tranquilos no jogo. O Yago entrou muito bem, no jogo passado teve um probleminha. Não temos que só dar opção para a bola, tem espaço para profundidade para ficar mais vertical”, disse o treinador que agora foca no duelo contra o Vila Nova, na próxima terça-feira (19), pela Copa do Brasil, às 21h30, no Maracanã.