Plano de Filipe Luís mantém roteiro de time campeão

O Flamengo entrou no Maracanã com força máxima e com a mesma identidade que o levou ao tetracampeonato da Libertadores no último sábado. Filipe Luís repetiu o plano de jogo: time agressivo, linhas altas, meio-campo participativo e mobilidade pelos lados. O resultado foi um domínio amplo diante do Ceará pela 37ª rodada do Brasileirão, em uma atuação que refletiu maturidade e controle emocional típico de equipes que sabem decidir.

Filipe Luís, técnico do Flamengo em partida pelo campeonato brasileiro (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
© Getty ImagesFilipe Luís, técnico do Flamengo em partida pelo campeonato brasileiro (Foto: Buda Mendes/Getty Images)

Domínio total, paciência e aposta nos chutes de média distância

A primeira etapa foi praticamente um monólogo do Flamengo. Com a necessidade de vencer para confirmar o título brasileiro ainda nesta rodada, o Rubro-Negro tomou as rédeas do jogo desde o início. O Ceará se fechou com duas linhas compactas e deu pouquíssimos espaços entre os setores, obrigando o time de Filipe Luís a variar as formas de ataque.

Sem infiltrações claras, a equipe apostou em chutes de média distância, especialmente com Jorginho, Pulgar e Arrascaeta, além de triangulações rápidas pelos corredores. Mesmo controlando amplamente a posse, o Flamengo precisou de paciência contra um Ceará disciplinado.

A defesa rubro-negra sofreu pequenos sustos em bolas levantadas na área, mas Rossi praticamente não trabalhou. O risco foi baixo, e o controle, total.

Lino destrava o jogo após jogada construída ao estilo Filipe Luís

Aos 36 minutos, o Flamengo transformou o domínio em vantagem. Samuel Lino, que já havia reclamado de pênalti aos 24, iniciou a jogada, acionou Carrascal e recebeu de volta na corrida. O camisa 11 bateu cruzado para abrir o placar, em jogada idêntica às construções vistas na final contra o Palmeiras: movimentação curta, infiltração e tomada rápida de decisão.

Mudanças mantêm intensidade e Flamengo administra com maturidade

Na volta do intervalo, Filipe Luís não mexeu no modelo, apenas ajustou peças. As trocas preservaram a intensidade e o Flamengo continuou empurrando o Ceará para seu próprio campo, repetindo o padrão de equipe que se mantém dominante mesmo sem acelerar toda hora.

Com posse, circulação rápida e superioridade técnica, o Rubro-Negro administrou a vantagem com segurança e manteve o ritmo até o apito final, conduzindo a partida de forma madura, consciente e bem organizada.

A atuação reforça o que já ficou claro na conquista continental: o Flamengo de Filipe Luís tem identidade, disciplina tática e capacidade de controlar jogos decisivos.