Mudanças na Gávea

O Flamengo optou por uma mudança drástica na reta final da temporada e demitiu Tite, contratando seu ex-atleta multicampeão, Filipe Luís, que iniciava sua carreira no Sub-20 Rubro-Negro, fato que notavelmente provocou uma nova postura da equipe.

Luiz Eduardo Baptista abordou situação do Filipe Luís
© luflaLuiz Eduardo Baptista abordou situação do Filipe Luís

Filipe ainda planeja alterações no esquema do time e disse que irá aproveitar a pausa para a Data FIFA visando promover ajustes e implementar suas ideias de jogo junto ao elenco.

Entretanto, a atual diretoria alçou Filipe Luís em um momento agitado do Clube, pois no início de dezembro, a Gávea terá eleições e a situação do treinador fomenta debates nos bastidores do Mais Querido.

Neste contexto, a escolha sobre o técnico nessa reta final não é a única polêmica que paira no Clube, isso porque, o candidato de oposição, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, também fez ressalvas sobre a construção do Estádio no Gasômetro. Mas, o problema a resolver, segundo o candidato, está justamente no futuro de Filipe Luís.

Filipe Luís fica ou não fica?

BAP concedeu entrevista ao jornalista Venê Casagrande e criticou muito a efetivação de Filipe no cargo, embora demonstrasse grande respeito pelo ídolo.

Perguntado por Venê se manteria o treinador, detalhou a situação: “Vamos preguntar para o torcedor se ele acha que é razoável a gestão, que está em final de mandato, e que está indo para o 11ª técnico, assinar um contrato até dezembro de 2025? Eu acho que é uma temeridade, um desrespeito ao torcedor e acima de tudo a um profissional querido e importante como Filippe Luís”.

“É inaceitável. Pega o caso do Cruzeiro, que contratou o consagrado Fernando Diniz, técnico consagrado e fizeram um contrato somente até o final do ano. Lá não haverá troca de comando. Eles decidiram analisar até o final do ano”, completou.

Método de Landim duramente criticado

Para BAP, o caso envolvendo a contratação é exemplar sobre como o Clube precisa mudar seu estatuto e os poderes da presidência. “No Flamengo, que tem errado constante com treinadores, com um processo que não é técnico, é um processo opinativo, acaba expondo o profissional, esse é o tipo de atitude que pretendo mudar. A presidência não pode usar o clube com decisões em que alguns casos agem como um rei”.

Sobre se vai ficar com FL como treinador, o candidato foi direto ao ponto: “Eu não vou falar sobre a continuidade agora, porque tenho apreço enorme por Filipe Luís e torço para ele dar certo no momento, mas teremos uma conversa olhando pra frente, sem revanchismo político”.