A diretoria do Flamengo está cogitando desistir de participar da licitação do Maracanã. Atual permissionário, juntamente com o Fluminense, o Rubro-Negro está descontente com o governo do estado e com os termos que foram divulgados que constarão no edital. Diante disso, o Clube pretende insistir no projeto de ter o próprio estádio.
Apesar de manter uma boa relação com o governador Cláudio Castro, o Flamengo vem se desentendendo com a Casa Civil, pasta responsável pela licitação. A última foi o posicionamento de que o Maracanã deveria ser liberado para o Vasco disputar contra o Sport, pela Série B do Brasileirão. Entretanto, a diretoria é contra a liberação já que tem um laudo que atesta que haverá danos ao gramado.
Os executivos do Mais Querido agora se preocupam se haverá ingerências como essa futuramente, o que acredita que causará uma insegurança jurídica. A diretoria ainda é contra os termos do edital que direcionam que o Maracanã tenha uma gestão compartilhada entre Flamengo, Fluminense e Vasco. Em termos pré-estabelecidos ficou acordado em disputarem 70 partidas por ano no estádio.
Entretanto, esse número de jogos já é atendido por Flamengo e Fluminense. Se o Vasco passar a gerir também o Maracanã, essa quantidade de partidas extrapolaria o recomendado, o que causaria danos ao estádio. O Flamengo ainda alega que não teve ganhos com o Maracanã durante a pandemia e que investiu R$ 10,1 milhões no consórcio na melhoria do estádio e pagou R$ 8,4 milhões de taxas para o estado.
Diante disso, o Clube está buscando alternativas para a construção de seu próprio estádio. O presidente Rodolfo Landim tem uma reunião marcada para essa semana com o prefeito Eduardo Paes para tratar sobre uma posição de cessão do Parque Olímpico para este fim. Paes retorna de viagem na quarta-feira (29), e o encontro deve ser marcado até sexta-feira (1), com o intermédio do deputado Pedro Paulo.