Que ronquem os motores! AFórmula 1começa a temporada de 2023 com oGP do Bahreinno próximo domingo (5). Neste ano, o Mundial irá quebrar o recorde deetapas: serão 23, o maior número da história da categoria, além do aumento paraseis corridas sprints. Para saber como chegam às equipes,preparamos um especial sobre os favoritos, o que vale ficar de olho e o que podemos esperar dos dez timesdesta temporada!Na segunda parte, iremos abordar sobre Alfa Romeo, Aston Martin, Haas, AlphaTaurie Williams!
Alfa Romeo: dupla Bottas-Zhou terá nova chance com carro que anima
Houve duas Alfa Romeo em 2022: nas primeiras nove etapas, um bom carroque se acostumou a chegar na zona de pontos. Após o GP do Canadá, se conheceu uma equipe que cansou de quebrar e permanecer no pelotão de trás. De 13 corridas, apenas em três oportunidades Valtteri Bottas (9º no Brasil e 10º no México)eGuanyu Zhou (10º em Monza) marcaram pontos, apesar do time se manter na 6ª posição no Mundial de Construtores.A dupla segue para a temporada de 2023, último ano da marca, que irá voltar a serSauberpara, em 2026, começar a parceria com aAudi. Na pré-temporada, o bom desempenho do carro chamou a atenção, com Zhou liderando o segundo dia de testes.
Em entrevista aoBolavip Brasil,Gabriel Curty, coordenador de conteúdo dosite Grande Prêmio, entende que o time suíço tem um bom potencial e é uma das equipes para se acompanhar ao longo da temporada.
“Alfa Romeo está com um carro muito bom, mas não tem uma dupla de pilotos que meinspira muita confiança, principalmente da parte de Guanyu Zhou. O Bottas eu não sei o que esperar. A cada ano, ele é um camaleão, vai se transformando e isso não é muito bom”, opina Curty. Esta será a segunda temporada do finlandês como líder da equipe.
Expectativa: brigarpela 5ª posição no Mundial de Construtores
Pontos de atenção: confiabilidade do carro ao longo da temporada e performance de Zhou
Aston Martin:com Alonso, equipe vem como candidata a ser 4ª força
Em 2022, adespedida de Sebastian Vettelroubou a cena na Aston Martin, que desejava contar com a continuidade do tetracampeão para 2023. Em um movimento rápido, a equipe de Lawrence Stroll selou um acordo com Fernando Alonso, que não se acertou com a Alpine. Isso gerou surpresas, visto que o time britânico viveu de brilharecos (7º no Mundial de Construtores), sobretudo com Vettel na segunda metade do campeonato. A resposta veio nos testes do Bahrein: surpreendeu com tempos consistentes e elevou o seu patamar, chegando a ser apontada como a nova 4ª força. Reserva, obrasileiro Felipe Drugovich alimentou esperanças de estrear na F1 após substituirLance Stroll na pré-temporada, mas o canadense começará como titular.
“[…] A Aston Martin investiu pesado na construção de uma fábrica super moderna, contratou engenheiros de Mercedes, Ferrari e Red Bull, houve a chegada de Fernando Alonso, um reforço pesado e já tinha contratado o Vettel no passado. O carro é muito parecido com o RB18 [da Red Bull] do ano passado, que é o carro campeão. Ela tem esse histórico de se inspirar nas principais forças do grid. Por enquanto, tem grandes chances de brigar pela 4ª colocação”, analisa Curty.
Expectativa: brigarpela 4ª posição no Mundial de Construtores e alcançar algum pódio
Pontos de atenção: relacionamento de Alonso com nova equipe e Stroll em umcarro competitivo pela primeira vez na carreira
Créditos: Mark Thompson/Getty Images
Haas: promete ‘entretenimento’ com a boa duplaMagnussen eHülkenberg
Na última temporada, aHaas repetiu o roteiro visto em outros anos: começa bem, marca pontos e, depois, luta no pelotão intermediário sem sair do lugar. Ao menos,houve o conto de fadas protagonizadopor Kevin Magnussen em Interlagos: uma históricapole position na corrida sprint, um feito celebrado aos montes pela equipe norte-americana. Por outro lado, Mick Schumacher não apresentou evolução e perdeu o emprego. De boa rodagem na F1, NicoHülkenberg ganhou nova chance, desta vez comotitular. Curiosamente,Magnussen e Hülkenberg não se bicam devido a um atrito do passado, que causou trocas de farpas públicas. Já o carro aparenta ser digno o bastante para chegar aos pontos esporadicamente.
Expectativa: brigarpela 7ª posição no Mundial de Construtores
Pontos de atenção: relacionamento deMagnussen-Hülkenberg e desempenho na segunda parte da temporada
AlphaTauri: bastidores despertammais interesse do que expectativas na pista
Principal nome da equipe nos últimos anos, Pierre Gasly deu adeus à AlphaTauri. Em 2022, ele andou mais atrás do que se esperava e marcou somente 23 pontos na temporada.O francês decidiu buscar voos maiores longedos braços daRed Bull pela primeira vez na carreira e reforça a Alpine em 2023. Em seu lugar, entra o estreante holandêsNyck de Vries, de 28 anos, que entrou nos holofotes da F1 após a 9ª colocação emMonza pela Williams. Yuki Tsunoda, de resultados discretos no último ano, segue como o outro piloto. Espera-se que seja uma temporada morna na pista, enquanto nos bastidores o time virou notícia pelos rumores deser colocado à venda pela Red Bull.
Expectativa: brigarpela 8ª posição no Mundial de Construtores
Pontos de atenção: estreia de Vries e bastidores agitados por uma possível venda
Williams: com novidades, busca deixar a lanterna do grid
“Patinho feio” do grid, a Williams segue ocupando os últimos lugares da F1. Alex Albon conquistou quatro pontos após pontuarem três corridas de 2022. Mesmo não apresentando nada que encha os olhos, o tailandês recebeu uma nova oportunidade neste ano.Nicholas Latifi, por sua vez, não teve a mesma sorte: dispensado pela equipe após colecionar resultadosinexpressivos – marcou dois pontos na temporada passada.Logan Sargeant, 4º colocado naúltima edição da Fórmula 2, irá estrear na categoria na outra vaga. Outra novidade,James Vowles deixou a Mercedes para ser o chefe de equipe da Williams.
Expectativa: não ser a última colocadano Mundial de Construtores
Pontos de atenção: estreia deSargeant e melhora na confiabilidade do carro