Segundo a coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, a influenciadora Shantal Verdelho realizou o exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), na última terça-feira (21). De acordo com a jornalista, ela quer provar se houve alguma lesão corporal por parte do médico Renato Kalil no parto de sua filha.
Em áudios vazados no dia 10 de dezembro, Shantal acusa o obstetra de violência obstétrica. Com isso, a investigação servirá para descobrir quais manobras supostamente foram utilizadas por Kalil e que teriam deixado machucados em Shantal. O médico, que era considerado uma das referências em sua área, também é investigado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP).
No material vazado, o médico aparece gritando com Shantal, além de falar palavrões durante o procedimento. Após o vazamento dos áudios e vídeos, outras mulheres vieram a público e também relataram supostos abusos psicológicos e sexuais durante os partos. Uma semana depois de serem divulgados, a influenciadora formalizou a acusação, em São Paulo.
No depoimento, Shantal acusou o médico de optar por usar uma manobra chamada Kristeller, onde o profissional pressiona a barriga da paciente para empurrar o bebê. A prática é contraindicada pela OMS e pelo Ministério da Saúde. A influenciadora também afirma que o médico teria insistido para que ela tomasse Misoprotol, que induziria o parto quando ela estava com 40 semanas de gravidez.
O advogado de Shantal, Sergei Cobra Arbex, disse à jornalista que o processo corre em sigilo e que não é permitido falar sobre o depoimento. Enquanto isso, o advogado do obstetra, Celso Vilardi, rebateu as acusações de Verdelho e, através de nota, disse que o médico tem suas “condutas pautadas pelas boas práticas”, seguindo os protocolos vigentes.