Após dois anos do acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas — incluindo os pilotos — a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito, atribuindo a queda do avião aos pilotos, que estão entre as vítimas. De acordo com o advogado Sérgio Alonso, a conclusão da polícia “não tem base nas provas técnicas“.
Alonso, que representa a família do piloto, Geraldo Medeiros, classificou como “absurdas“, “precipitadas” e “injuriosas” as conclusões da Polícia Civil. O profissional ainda contou que a família tem vivido um “segundo luto“.
Segundo o advogado, apenas após o acidente, providências foram tomadas no local, como a sinalização da linha da Companhia Energética Minas Gerais (Cemig), a criação da Carta de Aproximação Visual e a elevação da altitude do tráfego padrão de mil pés para 1350 pés.
Sérgio responsabiliza a Cemig pelo acidente. Isso porque o avião se chocou com um cabo de alta tensão da empresa e caiu. “Se tudo isso tivesse sido feito anteriormente, não teria ocorrido o acidente. Os delegados de Caratinga, não sei a por que, falam que a Cemig não tem culpa nenhuma, que o culpado é o piloto que não viu uma linha invisível”, emendou.