O jogador Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, foi condenado à morte por participar de protestos a favor das mulheres do Irã. O país vive uma onda de manifestações. O atleta, que atua pelo Iranjavan, foi acusado de ter sido o causador da morte de três policiais em um protesto realizado em25 de novembro, sendo preso dois dias depois.
Ele também recebeu acusações de participar de um “grupo armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã”. A condenação à morte de Azdani levou uma série de personalidades e entidades a protestarem contra a medida.Ali Karimi, ex-jogador do Bayern de Munique da Alemanha e da seleção iraniana, pediu a liberação do colega de profissão.
O FIFPro, que é o sindicato que reúne os jogadores profissionais de futebol, também emitiu um comunicado, onde afirma que a entidade está “chocada” com a decisão da justiça iraniana.“A FIFPRO está chocada e enojada com relatos de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e pela liberdade básica em seu país. Nos solidarizamos com Amir e pedimos a remoção imediata de sua punição”, escreveu o sindicato no Twitter.
Desde setembro deste ano, o Irã vem sofrendo uma onda de protestos após a morte de Mahsa Amini, jovem morta por não estar usando o hijab, lenço tipicamente islâmico que sobre a cabeça das mulheres. Com o aumento das manifestações, o governo do Irã autorizou que manifestantes sejam condenados à pena de morte. A primeira condenação aconteceu em 14 de novembro, mas o acusado não teve o nome divulgado.