“Eternos” tem tudo para ser um dos filmes mais importantes do MCU até o momento. O motivo para tanta ansiedade é a grande diversidade que compõe a equipe de super-heróis. Nas telonas será possível assistir personagens de diferentes etnias, gêneros e sexualidades. É aí que entra o medo da diretora Chloé Zhao.
Ao falar de blockbusters, longas comerciais produzidos para lucrar, é preciso considerar a veiculação dos filmes em países conservadores. Quanto mais nações transmitirem as produções, melhor é para as bilheterias. Por este motivo, é comum que os próprios produtores realizem cortes nos filmes para deixar a obra mais “dentro” do desejado pelos países.
Em países como a Rússia e China, cenas envolvendo personagens gays, lésbicas, bissexuais e transgênero, na maioria das vezes são alvo de boicote e repúdio. Em “Eternos”, os fãs acompanharão a história de Phastos, primeiro herói abertamente LGBTQIA+ da Marvel Studios. Em entrevista ao IndieWire, Chloé Zhao, diretora do filme, falou que acredita que os executivos da Marvel não censurarão o alienígena.
“Eu não sei de todos os detalhes mas eu acredito que as discussões foram feitas e que há um grande desejo da Marvel e meu – nós falamos sobre isso – para não mudar o corte do filme. Estou torcendo por isso. A forma como a história de Phastos se desenvolve no filme revela como ele é alguém que só vê a humanidade como um todo e acredita que a tecnologia vai resolver os problemas. Obviamente, ele perdeu a fé em nós pelas coisas que já fizemos.”, afirmou Chloé.
A diretora aproveitou para explicar como a sexualidade do herói será abordada no filme. “E ele teve que parar de nos olhar para nós como um coletivo e olhar para a pessoa pela qual ele se apaixonou, e seu filho, para reconquistar a fé na humanidade. É como nós quando ligamos a televisão e pensamos que tudo está perdido, e então quando voltamos para casa, olhamos para nossos amados e nossos filhos e pensamos: ‘Bem, na verdade isso é algo pelo qual vale a pena lutar’.“, finalizou.