Boa sequência do Cruzeiro
A força do Cruzeiro no Mineirão segue inabalável sob o comando de Leonardo Jardim. Após o empate sem gols contra o Atlético nesse domingo (18), pela nona rodada do Brasileirão Betano, a equipe manteve sua invencibilidade em casa, somando seis jogos seguidos sem perder.

Depois do clássico, Leonardo Jardim destacou a presença massiva da torcida do Cruzeiro no Mineirão e enalteceu a atmosfera criada pelos cruzeirenses. O técnico revelou que a intensidade com que os brasileiros vivem o futebol foi determinante para sua decisão de deixar o Oriente Médio e iniciar um novo capítulo no Brasil.
“A sinergia está muito bem. A torcida tem sido espetacular no apoio à equipe, principalmente nos jogos em casa. O Mineirão tem estado quase sempre cheio, foi contra o Bahia, contra o Flamengo, hoje. Por isso que vim para o Brasil, para ter emoções.”, afirmou o técnico.
Comparação com Europa
Em seguida, Leonardo Jardim ressaltou que sentia falta da conexão emocional entre torcedores e futebol, algo que, segundo ele, fez questão de reencontrar ao aceitar o desafio no Cruzeiro, após quatro temporadas no futebol do Oriente Médio.
O treinador passou por Al-Hilal (Arábia Saudita), Al-Ahli (Emirados Árabes Unidos), Al-Rayyan (Catar) e Al Ain (Emirados). Jardim afirmou que estava distante de ambientes com torcidas apaixonadas e envolventes. Ele ainda fez um paralelo entre a torcida celeste e algumas das mais vibrantes que conheceu durante sua trajetória na Europa.
“Eu precisava de sentir um pouco isso (emoção, calor da torcida), senti no Olympiacos (da Grécia, comandado por ele em 2012/2013, no Sporting (de Portugal, comandado por ele em 2013/2014), um pouco no Monaco (da França, comandado por ele entre 2014/2015 e 2019/2020), mas quando fui para o Oriente Médio perdi um pouco dessa noção. Agora volto a ter esses sentimentos, que são extremamente positivos e agradáveis para quem trabalha no futebol”, completou o técnico.
Jardim destacou o lado ‘ruim’ da emoção
Jardim reconheceu que a paixão dos brasileiros pelo futebol também tem um custo. Segundo o treinador, o ambiente intenso pode gerar instabilidade no trabalho dos técnicos e levar a decisões apressadas por parte dos clubes do país.
“O futebol no Brasil, para o bem e para o mal, é muita emoção, muito coração. Existem decisões precipitadas, as quedas de treinadores acontecem com muita frequência, mas há também o lado positivo, que é sentir os torcedores amarem o clube, apoiarem, virem ao estádio, as pessoas que encontramos na rua, no dia a dia”, afirmou o treinador.