Corinthians e Palmeiras é uma das maiores rivalidades do futebol mundial e, na história do Derby Paulista, personagens de ambos os lados contam por meio de suas trajetórias, nuances deste confronto de peso no cenário do futebol brasileiro.

Foto: Reprodução Podcast PodPorco
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Entretanto, nos bastidores desta história, nuances muitas vezes inacreditáveis são expostas. Nesta sexta-feira, em entrevista ao programa PodPorco, Marcos, ídolo do rival, contou como quase foi parar no Timão, em uma inusitada negociação com Kia Joorabchian, que era o linha de frente do Alvinegro, na parceria que o Clube tinha com a MSI, em 2005.

O ex-goleiro afirmou que o Palmeiras precisava vender jogadores, e ele recebeu uma oferta pesada de Kia: “Teve (proposta), fui numa reunião com Kia. O Palmeiras precisava vender, era um jeito de levantar um dinheiro. Eu não queria nem escutar, fui no advogado e falei: ‘Você é louco? Como é que vou sair do Palmeiras e ir para o Corinthians, não tem como’. Ele disse que tinha que pensar no dinheiro e que o clube queria me vender”.

Kia tentou cartada para contratar Marcos em 2005

Na sequência, Marcos explicou a dificuldade da situação: “É difícil, mesmo sendo profissional… Só que não pode implorar para ficar no time também. O advogado ligou para um diretor no viva-voz, que disse que não queria nem saber pra onde eu iria: ‘Preciso saber quanto vai entrar’. Falei que para mim não tinha problema, só que não ia sair pelas portas dos fundos”, revelou.

Se Marcos tivesse trocado o rival pelo Timão, ele daria certo no Parque São Jorge?

Se Marcos tivesse trocado o rival pelo Timão, ele daria certo no Parque São Jorge?

Sim.
Não. Muito identificado com o rival, seria uma furada para todos os lados

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Para finalizar, o ex-jogador surpreendeu ao detalhar que se fosse um ídolo do Corinthians, também não iria para o rival facilmente: “Falei que ia chamar o presidente: ‘Estou sendo vendido ao Benfica, e em janeiro vou me apresentar ao Corinthians. E aí não vou assumir a bucha sozinho porque vocês que estão querendo me vender, não sou eu que estou pedindo. Eu vou contar para todo mundo’. Já tinha visto um monte de coisa de traíra. Se ele quisesse vender, era problema dele”. Bastante dinheiro: “Pensei que ia ter que andar em um carro blindado, mas acho que não iria de forma nenhuma. Era bastante dinheiro. Se tivesse começado no Corinthians e me oferecessem algo no Palmeiras, não viria. Se tivesse construído uma história lá, não iria trocar assim”.