A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, na manhã deste domingo (17), os áudios do VAR referentes ao jogo entre Corinthians e Bahia, no último sábado (16), e revelou detalhes que colocam em evidência a complexidade e a demora nas decisões da arbitragem.

O primeiro lance que gerou controvérsia foi o gol anulado de Rodrigo Garro, aos seis minutos, após passe de Kayke. Apesar do toque de mão ter sido natural e acidental, o árbitro de vídeo considerou que houve ganho tático na jogada.
O árbitro Paulo Cesar Zanovelli recebeu a recomendação do responsável pelo VAR, Rafael Traci, para revisar o lance. Após dois minutos e meio de checagem, o gol foi anulado.
“Zanovelli, te recomendo revisão por possível mão em APP. Você vai ver um toque de mão. A bola está indo para uma direção para trás do jogador. Quando toca na mão, a bola vai para frente”, disse Traci.
“Traci, vou anular o gol por mão no APP. Obrigado”, respondeu Zanovelli.
Gol de Gui Negão demorou mais de 8 minutos para ser validado
O segundo momento polêmico envolveu o gol validado de Gui Negão, que chegou a ser anulado inicialmente pelo árbitro, sob alegação de interferência no goleiro Ronaldo, e marcado como impedimento pelo assistente. A checagem durou mais de oito minutos, com debates acalorados entre o juiz e os assistentes do VAR.
“Ele interfere. Ele vai disputar a bola”, dizia Zanovelli, enquanto o auxiliar destacava que o atacante não tocou no goleiro e nem interferiu em sua corrida. Após longa análise e consulta com outro assistente, o gol foi confirmado.
A CBF não divulgou os áudios referentes ao pênalti que originou o segundo gol do Bahia, tampouco da checagem do primeiro gol da equipe visitante. Vale lembrar que o VAR só chama para revisão lances de gol/não gol, pênalti/não pênalti, cartões vermelhos diretos e erros de identificação.