Vanderlei Luxemburgo assumiu o Corinthians após uma breve passagem de Cuca pelo clube. O treinador decidiu deixar a equipe apenas seis dias após ser anunciado, devido à intensa pressão de parte da torcida, que se opôs à sua contratação devido a uma condenação por estupro ocorrido em 1989, na Suíça, envolvendo uma menina de 13 anos.
Alessandro Nunes, gerente de futebol do clube paulista, expressou sua opinião de que Cuca foi injustamente “cancelado” pelos torcedores. Durante sua participação no programa F90 nesta segunda-feira (19), o dirigente defendeu o técnico e reiterou o desejo do Corinthians de que ele continuasse no Parque São Jorge.
Alessandro Nunes destacou que o clube estava disposto a apoiar Cuca, mesmo diante das críticas e da pressão da torcida. O Corinthians reconheceu a importância de separar a vida pessoal do treinador de seu trabalho no futebol, enfatizando que Cuca já cumpriu sua pena pelo crime cometido há décadas.
O argumento de Alessandro é coerente, ou tendencioso?
O argumento de Alessandro é coerente, ou tendencioso?
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”Não teve nenhuma intenção do Corinthians para que ele tivesse saído. Foi uma iniciativa dele porque tudo aquilo que ele viveu. Muito injustamente ele ficou conosco por um período curto de seis dias… ‘Nós não tínhamos dúvida de que daria muito certo, porque ele é um treinador muito competente e vitorioso para aquilo que ali diagnosticávamos que era importante ter, mas ele praticamente foi cancelado e não teve oportunidade de vivenciar um pouco mais o Corinthians”, começou.
Cuca foi contratado pelo Corinthians para substituir Fernando Lázaro, e, de acordo com Alessandro, a escolha do treinador foi baseada em uma avaliação de riscos que a diretoria acreditava serem administráveis, desde que o time obtivesse bons resultados dentro de campo. O dirigente lamentou a “onda de negatividade” em torno de Cuca e reiterou que a escolha do treinador foi pautada por critérios que vão além do desempenho nas quatro linhas.
”Veio aquela onda, que convenhamos, teve uma negatividade tamanha a ponto de trazer uma situação emocional muito ruim e, por mais que todos nós quiséssemos que ele tivesse permanecido, para o Cuca foi a gota d’água para ele se retirar e pensar nele, família e outras coisas”, afirmou.
É de se espantar que a dirigência do Timão acreditou que a presença de um técnico com uma acusação de estupro – mesmo que o caso tenha prescrito – fosse algo ‘administrável’, tendo uma torcida que é conhecida como “Democracia Corinthiana”, e que luta por várias causas e questões importantes dentro da sociedade, sendo uma das torcidas mais ativas sociopoliticamente falando. Realmente, foi de uma grande “ingenuidade”.