Tiago Nunes passou pelo Corinthians em novembro de 2019, onde permaneceu até setembro de 2020, após demonstrar um bom trabalho sob o comando do Athletico-PR. O técnico não conquistou nenhum título durante o período que permaneceuno Timão, mas amargou uma eliminação na Libertadores e um vice no Campeonato Estadual.

“Seria diferente”; Tiago Nunes abre o jogo sobre passagem no Timão e expõe sobre possível retorno
© Foto: Daniel Vorley/AGIF“Seria diferente”; Tiago Nunes abre o jogo sobre passagem no Timão e expõe sobre possível retorno

Durante entrevista ao ‘Canal do André Hernan’ no YouTube, o comandante falou sobre sua passagem na equipe do Parque São Jorge. Tiago ainda ressaltou que aceitou comandar o elenco com uma certa ingenuidade, onde achou que teria tempo para organizar a equipe. “A gente sabe que o Corinthians é uma máquina, é algo gigantesco. O que você fala ganha uma proporção muito maior do que a simples fala, o simples objetivo da fala. Então, inclusive, eu falei com 40 jogos a gente vai ter uma ideia do modelo de jogo, mas na prática não é assim. Foi até uma ingenuidade da minha parte. A gente tem que ser muito mais pragmático, mais equilibrado, mais experiente nas falas para não gerar, muitas vezes, nenhum tipo de expectativa. Não trazer para si uma pressão desnecessária”.

Tiago Nunes ainda destacou sobre as trocas de técnico no futebol nacional, onde ressaltou que é algo muito cultural e difícil de ser modificado. “A cultura do futebol Sul-Americano é de troca, eu já desistir de pensar diferente. A gente vive uma troca. É resultado, não tem como a gente mudar isso. Eu cheguei no Corinthians e falei que precisava de 40 jogos. Claro que de certa maneira fui falar de um discurso de médio a longo prazo. Mas isso não existe. Não vai mudar. A equipe precisa ganhar jogo, ter consistência. Talvez no futebol brasileiro o único time que tenha essa visão um pouco mais clara seja o Red Bull Bragantino, que vem de outra cultura de gestão. É muito raro isso acontecer. Pra isso mudar seria necessária uma mudança de cultura muito mais funda, com muitos anos”.

Foto: Rafael Vieira/AGIF

Ao ser questionado sobre o retorno ao comando da equipe, o técnico foi bem direto em destacar que retornaria. Mas, admitiu que antes precisa apresentar um bom trabalho para despertar o interesse da diretoria novamente. “Eu sou um profissional do futebol que me identifico pelos lugares onde eu passo e o Corinthians, na sensação que eu tenho, gostaria de ter vivido mais jogos com torcida”.

“Acho que a história seria um pouco diferente. Em um momento diferente do clube, com mais estabilidade, sem pressão política por eleição, sem salário atrasado e sem outras coisas aí. Mas eu vou ter que dar uma volta muito grande, tenho que viver outras experiências e voltar a entregar resultados a nível nacional, resultados importantes, para poder ser lembrado mais uma vez no Corinthians. Tudo no seu tempo. Mas tomara que um dia aconteça isso. Tenho máximo respeito pelo clube, gratidão e vamos ver. O futuro a Deus pertence”, concluiu.