Clima de decisão em lima
A rivalidade entre Palmeiras e Flamengo ganha mais um capítulo decisivo neste sábado (29), na grande final da Libertadores, no Monumental de Lima, no Peru. Na véspera da partida, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e tratou de afastar qualquer clima de preocupação excessiva no Verdão. O treinador destacou o peso da competição continental e reforçou que o momento no Brasileirão Betano não interfere diretamente na final.

Mesmo sem vencer nas últimas cinco rodadas do Brasileirão Betano, o Palmeiras chega à decisão continental respaldado pelo desempenho na Libertadores. Abel fez questão de separar bem os cenários e foi direto ao ponto ao analisar a fase recente da equipe. Segundo ele, o torneio exige uma leitura completamente diferente da competição nacional.
“Há duas competições completamente diferentes. Uma coisa é o Brasileiro, outra coisa é a Libertadores. Chegamos com mérito, consistência, talento e muito esforço. É a maior competição da América do Sul e estamos focados do primeiro ao último segundo para vencer”, afirmou o treinador palmeirense.
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Rivalidade que se renova
O confronto contra o Flamengo também carrega um peso simbólico, já que as equipes disputam o topo do futebol brasileiro nos últimos anos. No Brasileirão Betano, o time rubro-negro lidera, enquanto o Palmeiras aparece logo atrás, cenário que se repete em diferentes competições. Para Abel, essa rivalidade é reflexo de projetos sólidos e bem estruturados.
“Sinceramente, são dois grandes clubes que se organizaram internamente, com processos bem definidos, grandes jogadores e gestões profissionais. São equipes com saúde financeira e capacidade de competir em alto nível”, explicou o português, ao comparar os caminhos trilhados pelos dois rivais.
Abel também destacou que os resultados não devem ser a única régua para avaliar um treinador. Para ele, o trabalho vai além das vitórias e passa por processos, formação e crescimento institucional. “Eu não posso ser bom treinador só porque ganhei, nem ruim porque perdi”, disse, em tom firme.
Futebol não pode deixar marcas fora de campo
Ao falar da própria preparação para a final da Libertadores, Abel Ferreira trouxe um lado mais pessoal e citou Muricy Ramalho como referência. O técnico ressaltou a importância de preservar a saúde física e mental em um ambiente de extrema cobrança, como o futebol brasileiro.
“Vou falar nele, não tem problema. É um treinador que admiro, que é o Muricy. O futebol brasileiro deixa marcas, e eu não quero que deixe marcas na minha saúde física e mental. Quero que as marcas fiquem dentro de campo”, declarou Abel, lembrando dos problemas de saúde enfrentados por profissionais do esporte.
A fala reforça o equilíbrio que o treinador busca mesmo diante de uma decisão tão grande. Para ele, a consciência tranquila vem do trabalho bem feito ao longo do processo, independentemente do resultado final no sábado.