Oposição e situação querem uma nova postura de Leila com Abel

Na última quarta-feira (6), o Palmeiras amargou a desclassificação da Copa Betano do Brasil, após perder por 2 a 0 para o Corinthians, em pleno Allianz Parque, em uma partida ao qual precisava reverter a derrota do primeiro jogo, na Neo Química Arena. Porém, o Verdão levou pouco perigo ao gol do arquirrival, em um desempenho irreconhecível da equipe treinada por Abel Ferreira.

Leila Pereira é cobrada nos bastidores
© Ettore ChiereguiniLeila Pereira é cobrada nos bastidores

Vale lembrar, que a expulsão de Aníbal Moreno foi um choque para o time, que se desestruturou logo no início da partida com a saída do meio-campista. Aliás, o Clube decidiu não punir a irresponsabilidade do atleta, já que o impacto psicológico já configurou uma punição severa.

Porém, isso não justifica a pouca produtividade e a derrota serviu para escancarar que algo não está harmônico no trabalho da comissão técnica. Situação sentida por torcedores, que deram uma sonora vaia e uma avalanche de xingamentos a Abel no estádio, fato que, nos bastidores, comenta-se que revoltou profundamente o técnico.

Contudo, a pressão sobre Abel não está apenas na ira da torcida e, dentro do Clube, já há questionamentos sobre a queda vertiginosa da competitividade palestrina. Neste contexto, há uma cobrança forte sobre a postura de Leila Pereira em sua relação de trabalho com o profissional lusitano.

Carta branca a Abel Ferreira tem incomodado nos bastidores

É o que apurou o portal Uol Esporte, em reportagem do jornalista Flávio Latif, que revelou consenso entre conselheiros de oposição e da situação sobre a necessidade da presidente ser mais enérgica nas cobranças sobre Abel. Ambas as partes entendem que Abel Ferreira é pouco cobrado por Leila — principalmente pelos mais de R$ 500 milhões gastos em reforços e a qualidade do futebol apresentado nesta temporada.

Abel tem pressão das arquibancadas e de dentro do Verdão. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Na avaliação interna dos conselheiros, é argumentado que o técnico tem o aval excessivo para tomar decisões, sem que Leila e Anderson Barros façam cobranças ou questionamento mais enérgicos. Por outro lado, a resposta da direção sobre o problema é que o próprio treinador se coloca em cobranças exigentes de maneira pessoal, e que Abel tem administrado bem as cobranças junto ao elenco.

Entrevista de Abel e de Anderson Barros não pegam bem internamente

O apuração do jornalista Latif também apontou que a declaração do treinador na entrevista coletiva após o Derby foi muito mal recebida entre os conselheiros. O ponto que desagradou foi ao ser citado que o Clube era “desorganizado e sem rumo”. A entrevista de Anderson Barros, ao qual ele declara a intenção de renovar, também foi avaliada como uma postura incômoda e precipitada.