Paiva busca recuperações no Botafogo
Os jogadores Savarino e Igor Jesus, que faziam parte de um quarteto ofensivo de destaque no histórico 2024 do Botafogo, enfrentam uma temporada discreta até o momento. No entanto, é válido questionar se o desempenho abaixo do esperado é resultado exclusivo de uma queda de rendimento individual ou se ambos são, na verdade, vítimas de um ano aquém das expectativas para o clube como um todo.

Antes do início do trabalho de Renato Paiva, na semana passada, o Botafogo passou 55 dias sem um comando técnico definido. Após a saída de Artur Jorge, o clube enfrentou quase dois meses de incertezas sobre quem assumiria o cargo de treinador.
Durante esse período, Carlos Leiria foi o primeiro interino, apresentando um desempenho negativo no Campeonato Carioca e ficando com o vice na Supercopa Rei, sendo posteriormente substituído por Cláudio Caçapa, que retornou ao cargo de auxiliar técnico permanente.
A queda no rendimento de Savarino e Igor Jesus é evidente. Contudo, além dos impactos causados pela indefinição do comando técnico, pesa também as ausências de Luiz Henrique e Thiago Almada, que deixaram o Botafogo para jogar no Zenit (Rússia) e no Lyon (França), respectivamente, afetando ainda mais o desempenho da equipe.
Comentarista fala sobre Igor Jesus e Savarino
“A queda de desempenho é nítida, eu não preciso falar. São jogadores que foram importantíssimos no coletivo de 2024 do Botafogo. Em relação à queda do Igor Jesus e consequentemente do Savarino, ou ao contrário, Savarino e consequentemente do Igor Jesus, é muito por não ter jogadores ao seu lado, que potencializam o seu desempenho”, opinou Ramon Motta, do GE.
A expectativa em torno da estreia do time sob o comando de Renato Paiva é alta, especialmente devido ao estilo tático do treinador, que adota o jogo de posição. Esse modelo se caracteriza pela utilização da largura do campo e pela fixação dos jogadores em zonas específicas, previamente definidas.
Análises de Paulo César
A análise de especialistas como Paulo César Vasconcellos e Jéssica Cescon aponta que Igor Jesus e Savarino têm grandes possibilidades de melhorar seu rendimento sob a orientação de Paiva, considerando as particularidades de seu método de trabalho.
“Acredito que esse jogo de posição que tanto agrada ao Renato Paiva pode beneficiar o Savarino e o Igor Jesus desde que seja flexibilizado. Ele não pode ser radicalizado. Querer que esses jogadores se limitem a determinados espaços é, de certa forma, sufocar a capacidade que têm. Acredito também que pelo fato de ter visto o Botafogo atuar, inclusive porque estava morando no Rio de Janeiro, o Paiva vai ter o entendimento de combinar o jogo de posição sem querer tolher os seus jogadores.”