O treinador foi mandado embora após o Super Mundial de Clubes
Ricardo Dionísio, auxiliar técnico de Renato Paiva no Botafogo, demonstrou surpresa com a demissão da comissão técnica após a eliminação para o Palmeiras nas oitavas de final do Super Mundial de Clubes. A decisão partiu de John Textor, proprietário do clube carioca.

“Fomos os primeiros a ficar surpresos. Não esperávamos essa decisão de jeito nenhum”, declarou Dionísio em entrevista ao jornal suíço Le Matin. A publicação abordou também a relação duradoura entre ele e Renato Paiva, parceria que se fortaleceu ao longo de mais de duas décadas.
Fala, Ricardo!
“Nos conhecemos há 20 anos na base do Benfica e trocamos ideias rapidamente. Desde então, continuamos a aprofundar nossos laços”, explicou. Para Dionísio, a relação vai além do campo profissional. “Mais do que meu superior, ele é um amigo. Temos um ótimo relacionamento”, completou.
Com passagem por clubes da Suíça, como Nyonnais, Sion e Stade Lausanne-Ouchy, Dionísio comparou a estrutura do futebol brasileiro à que conheceu na Europa. Segundo ele, o contraste é impressionante, especialmente na dimensão das comissões técnicas.
“No SLO, a comissão técnica principal era composta por cerca de dez pessoas. No Botafogo, deviam ser 45 em tempos normais e até 80 durante o Mundial de Clubes! Cada pequeno detalhe é levado em conta”, afirmou, ressaltando o nível de exigência no futebol brasileiro.
O auxiliar também falou sobre a experiência de disputar o Mundial
Ele também comentou sobre a experiência única de disputar o Super Mundial de Clubes, no qual o Botafogo protagonizou uma vitória histórica sobre o PSG, campeão europeu. A oportunidade de viver um torneio com clubes de diversos continentes foi, segundo ele, enriquecedora.
“Um torneio que coloca clubes do mundo inteiro uns contra os outros é uma ideia fantástica! Porque nos permite confrontar culturas e estilos totalmente diferentes: os europeus e sua organização tática, os argentinos e sua garra, os brasileiros e seu jogo técnico”, pontuou.
Para Dionísio, o torneio representou mais do que competição: foi um encontro genuíno entre formas distintas de se jogar futebol. “Vi times oferecendo um futebol interessante, com recursos muito desiguais. Foi realmente a expressão mais completa da universalidade do nosso esporte”, finalizou.