Sampaoli retorna ao Atlético-MG, mas sem reforços
O técnico Jorge Sampaoli voltou ao Atlético-MG em uma realidade distinta daquela vivida em 2020, quando pôde reformular quase todo o elenco. Desta vez, o argentino não poderá solicitar reforços no curto prazo e terá que trabalhar com as peças já disponíveis.
Na primeira passagem pelo Galo, Sampaoli indicou 15 reforços, entre eles nomes marcantes como Junior Alonso, Nacho Fernández e Keno. Agora, a situação é outra: em vez de um elenco moldado a seu estilo, ele precisará adaptar sua filosofia ao grupo atual.
“Quando nós chegamos em 2020, o time teve uma alta porcentagem de atletas escolhidos por nós. Agora, temos que nos adaptar às capacidades dos futebolistas”, declarou Sampaoli em sua reapresentação, na Arena MRV, neste sábado (6).
Organização como prioridade
Sem a possibilidade de buscar novos nomes, o treinador argentino elegeu a organização coletiva como foco inicial do trabalho. A ideia é ajustar o time rapidamente para competir em alto nível.
“Analisando um pouco a situação, sinceramente, não há magia nisso. Mudar a realidade está na inteligência de conseguir com que o time se comprometa e se organize muito melhor”, disse o comandante.
Sampaoli destacou que a organização é o primeiro passo, mas lembrou que os jogadores serão determinantes. “As partidas são vencidas pelos jogadores. O que vamos fazer é organizar o time da melhor maneira para que eles possam decidir”, completou.
Reestreia em clássico decisivo
Sampaoli foi oficializado na última terça-feira (2) após a diretoria não avançar nas conversas com Martín Anselmi. O contrato firmado vai até dezembro de 2027 e traz como missão colocar novamente o Galo no caminho dos grandes títulos.
A estreia do treinador nesta nova passagem será em um cenário de pressão: o clássico contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. Derrotado por 2 a 0 na Arena MRV, o Atlético precisará de três gols de diferença no Mineirão, na próxima quinta-feira (11), para avançar às semifinais. Caso vença por dois, a decisão será nos pênaltis.