‘Rústico’ de saída do Galo? Como assim?
Rony não deve mais vestir a camisa do Atlético-MG. Na manhã desta terça-feira (22), o camisa 33 se despediu dos companheiros na Cidade do Galo e comunicou ao técnico Cuca que está de saída. A decisão do atacante foi formalizada com um pedido de rescisão contratual unilateral na Justiça, alegando inadimplência do Clube.
Segundo apuração exclusiva do jornalista Guilherme Frossard, setorista que cobre o cotidiano alvinegro, Rony fundamentou a ação judicial com base no artigo 90, parágrafo 1º, da Lei Geral do Esporte, que prevê a possibilidade de rescisão indireta em casos de atraso igual ou superior a dois meses no pagamento de salários ou direitos de imagem.
Embora os salários e o FGTS estejam atualmente regularizados, o Atlético-MG ainda deve parte das luvas contratuais e o direito de imagem vencido no último dia 20 de julho. A defesa do atacante alega que os reiterados atrasos, somados à falta de confiança na regularização completa, justificam a rescisão do vínculo.
Atlético corre risco de perder Rony sem compensação
Rony foi contratado pelo Atlético em 2025 por cerca de 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões à época). A saída, se confirmada, representará um prejuízo técnico e financeiro significativo para o Galo, que agora corre o risco de perder o jogador sem compensação financeira imediata, caso a Justiça acate o pedido.
Apesar de decisões anteriores da Justiça do Trabalho entenderem que atrasos antigos, já quitados, não configuram inadimplência atual, a defesa de Rony aposta no histórico de compromissos não cumpridos para fortalecer o pedido.
Rony pode defender outro rival no Brasileirão Série A?
Rony já é desfalque certo do técnico Cuca contra o Atlético Bucaramanga, pela partida de volta dos Play-Offs da Copa Sul-Americana. Ele não se reapresentará nesta quarta-feira (23), como estava previsto.
O Atlético-MG ainda não se manifestou oficialmente sobre a saída de Rony nem sobre os débitos mencionados na ação judicial. Lembrando que o atacante já soma 13 jogos pelo Brasileirão Série A, o que inviabiliza defender outra equipe da divisão.