Momento de transição
A Seleção Brasileira vive um momento delicado, a equipe vem de uma sequência de três jogos sem vencer, sendo duas derrotas consecutivas nas Eliminatórias. Os canarinhos enfrentam nesta terça-feira (21) a Argentina, e precisam vencer para não se complicarem na luta por uma vaga na Copa 2026.
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Quem avaliou o trabalho de Fernando Diniz foi o técnico do Corinthians, Mano Menezes, que também já comandou a equipe canarinho entre 2010 e 2012. Em entrevista ao programa Arena SBT, Mano recordou que questionou a decisão da CBF ao trazer Diniz.
“Tempo atrás, eu falei que achava perigoso o que a CBF decidiu fazer. Não tenho nada contra o Diniz e não tenho nem direito de achar algo. O que a gente está passando é normal. Escolhemos um treinador que é muito diferente de outros, que tem um método próprio de ver o futebol e de montar para o jogo.”, iniciou.
Mano Menezes destacou que as mudanças que Diniz está tentando implementar demanda tempo. “Para passar por uma transformação tão radical, seria necessário um tempo maior e algo mais estável, para se colher os frutos lá na frente”, disse Mano.
O técnico prosseguiu afirmando que o trabalho na Seleção não permite que o técnico tenha tempo. “Então a gente tem que entender o processo. A CBF escolheu o Fernando Diniz pra fazer essa transição, que eu acho que deveria ser permanente, mas tem que ter paciência, calma e entender que oscilações vão acontecer. Implantar ideias e conceitos diferentes não acontecem do dia para a noite na Seleção Brasileira”, completou.
Migração para o exterior
Para Mano Menezes, a migração precoce de jogadores para a Europa tem refletido na Seleção Brasileira. “Eu acho que a gente começa a pagar um preço por não conseguir manter os nossos jogadores por mais tempo aqui no Brasil porque isso vai tirando uma referência interna, e a gente acaba perdendo muito da nossa referência de jogar, que a gente sempre teve.”.
Seleção Brasileira finaliza preparação na Granja Comary 20-11-23. Joilson Marconne / CBF
“Forçosamente, passaríamos por uma modificação, porque o futebol passou por isso, mas não significa rasgar simplesmente tudo aquilo que fizemos e nos abraçar nos novos modelos. “, continuou.
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“Tínhamos que encontrar uma maneira atualizada de privilegiar o talento do jogador brasileiro. É preciso atualizar essa ideia, como acho que vamos, mas o futebol do nosso país começa a passar por uma transformação, para melhor”, completou.
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