Estrangeiros
Na última semana, o técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, falou do excesso de estrangeiros no futebol brasileiro, e como isso prejudica o futuro da seleção. O treinador chegou a pedir uma redução no limite de gringos e citou a Itália como exemplo.
O ex-jogador do Brasil, Ricardo Rocha, também falou do grande número de estrangeiros no país, durante participação do 1º Congresso Futebol e Finanças, em Santos. Para Rocha, algumas questões podem estar interferindo na formação de novos craques brasileiros, o que acaba prejudicando a Seleção Brasileira.
Saída precoce
O ex-atleta também falou da saída de jovens jogadores do futebol brasileiro de forma precoce, como Endrick para o Real Madrid, e Estêvão, que vai se transferir para o Chelsea na próxima temporada. Segundo Ricardo Rocha, o jogador precisa ganhar mais experiência no Brasil primeiro.
Rocha citou Neymar como um bom exemplo. Já que o craque brasileiro foi campeão do Campeonato Paulista, da Libertadores, e recusou propostas da Europa e seguiu no Santos até 2013. O jogador só foi para o Barcelona com 21 anos.
Endrick na Seleção Brasileira. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
“Vocês têm experiência do Neymar. Com 17 anos, alguns clubes vieram, mas não importa. Ele ficou. Foi muito bom para a carreira dele. Muitos desses jogadores que saem jovens não consegue se firmar no primeiro ano. Quando o Neymar saiu, ele tinha Libertadores, Campeonato Brasileiro… Quando foi para a Europa, já tinha uma certa experiência”, finalizou Ricardo Rocha.
Estrangeiros no Brasil
Ricardo Rocha também falou do grande número de estrangeiros no país: “Tem muito estrangeiro nos clubes. Isso é muito ruim, porque você não consegue revelar jogador. O jogador revelado na base é vendido muito cedo, antes dos 18 anos. Esses jogadores saem do Brasil com 18 anos, praticamente não ficam no Brasil.”
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“Eu fui estrangeiro e sei, é exagerado. Na minha época, só podiam jogar três estrangeiros no Real Madrid. É muito difícil. Outra coisa: estamos com problemas de formação de meias. A gente não consegue descobrir meias. Os nossos meias jogam pelas bandas. Na base jogam de meia, no profissional jogam pelas bandas. Como o Almada, que é muito bom jogador. Estou falando desses jogadores argentinos, baixinhos… Será que a gente não encontra o Almada no Brasil? Por que a gente não encontra meias no Brasil?”, completou.