No sábado (17) a Seleção Brasileira enfrenta a Guiné em um amistoso pautado pela luta contra o racismo. A iniciativa teve início após ataques racistas sofridos pelo atacante Vinícius Júnior durante uma partida do campeonato espanhol. Após o treino desta quarta-feira (14), em Barcelona (ESP), Rodrygo Goes, companheiro de Vinicius Junior no Real Madrid e na Seleção, relembrou os momentos vividos ao lado do colega de equipe durante os ataques racistas. O atacante também enfatizou a importância das ações antirracistas promovidas pela CBF. Na partida contra Guiné, os jogadores entrarão em campo com camisas pretas.
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“É uma campanha muito legal que a CBF está fazendo. Até o nosso uniforme vai ser todo preto. É uma manifestação muito importante, não só pelo caso do Vinicius, mas por todos os casos. A gente sabe que muita gente passa por isso e as vezes não tem voz. Nesse caso do Vini, eu acompanhei, eu estava ali dentro de campo, eu vi como foi realmente. Foi um dia muito triste. Eu também senti isso na pele. Por isso, essa ação é muito importante e eu espero que o mundo inteiro de continuidade nessa manifestação”, disse.
O atacante também expressou sua opinião de que a Espanha não é um país racista, ressaltando que o racismo é uma questão global. No entanto, enfatizou que, apesar disso, testemunhou o estádio inteiro entoando gritos racistas, como o termo “mono” (macaco em espanhol), e o impacto negativo que essa experiência teve sobre ele e sobre seu companheiro.
Créditos: Joilson Marconne/CBF
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“Eu vivo aqui e acredito que a Espanha não seja um país racista. O racismo está no mundo inteiro. Pode haver pessoas aqui que sejam racistas, mas a Espanha não é. Eu estava ali dentro de campo e ouvi o estádio todo gritando mono. Eu acompanhei de perto e eu sou negro também como o Vinícius e ter vivido isso de perto foi bem complicado pra mim. Então eu acho que esse amistoso é uma manifestação muito grande e muito necessária. A gente está muito feliz por essa partida acontecer e torce para que essa mensagem seja espalhada para o mundo todo”. finalizou.
“ACREDITO QUE A ESPANHA NÃO SEJA UM PAÍS RACISTA” Rodrygo fala sobre os ataques racistas contra Vini Júnior, mas entende que não podemos generalizar a Espanha como um país racista. O atacante aproveita para chamar a atenção para a grande importância desse amistoso.