Graças à persistência de seus pais, o lateral Vanderson não largou o futebol quatro anos atrás. Estava chateado por falta de oportunidade nos times por que jogava. Mas tudo mudou quando jogou a Copa São Paulo de Juniores pelo União Rondonópolis em 2019. Destacou-se na competição e acabou acolhido por olheiros do Grêmio. Em Porto Alegre, teve ascensão meteórica. Seu estilo de jogo cativou os gremistas. Foi titular da equipe Sub-20 do Tricolor Gaúcho e depois atuou no profissional.
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Encheu os olhos de equipes nacionais e do exterior e acabou negociado para o Mônaco. Agora, aos 21 anos, está na Seleção Brasileira. Se não insistisse no futebol, se não tivesse ouvido o conselho dos pais, estaria trabalhando como ajudante de pedreiro. Quatro anos atrás, quando tinha 17, precisava ganhar dinheiro. Por isso, a pressa e a desilusão, naquele instante, com o futebol.
Vanderson (e) treina ao lado de Joelinton | Créditos: Joilson Marconne/CBF
“Meu pai trabalhava na construção e eu queria ficar ajudando ele. Mas a situação mudou bastante. Hoje, estou muito honrado de estar na Seleção, é a minha primeira vez na equipe principal e quero aproveitar a oportunidade”, disse Vanderson, durante coletiva nesta segunda (12), em Barcelona. Ele falou também sobre as ações de racismo que vêm sendo conduzidas pela CBF. “Não dá mais para aceitar isso. Bem legal a iniciativa. O racismo tem que ser combatido.”
Um treino técnico-tático com 14 jogadores na tarde desta segunda (12) marcou o início da preparação da Seleção Brasileira para os amistosos contra Guiné, no sábado (17), e Senegal, três dias depois. Ramon Menezes trabalhou várias situações de jogo com os atletas. Foi uma atividade adaptada à reapresentação dos jogadores, levando-se em conta que alguns estão sem atuar há dias por causa do fim da temporada europeia.