Zubeldía e Muricy fazem as pazes em chegada de novo técnico do São Paulo; entenda tudo

Muricy x Zubeldía: como está a relação no São Paulo?

Muitos torcedores ficaram com dúvidas sobre a participação do coordenador de futebol, Muricy Ramalho, na contratação do técnico Luis Zubeldia, por conta de uma entrevista do ídolo do São Paulo no início do ano.

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Segundo apurou a reportagem do Bolavip Brasil com fontes ligadas às duas partes, o mal-estar que poderia ter gerado em Luís Zubeldía e Muricy Ramalho não existe. Os dois estão com um relacionamento ótimo.

Tudo foi encarado como ‘águas passadas’. O novo técnico do São Paulo explicou os motivos para que adiasse a entrevista no início do ano, alegando questões pessoais e sendo bem sincero. Muricy entendeu está tudo certo.

Contratação passou também pelo coordenador de futebol, que tem força e palavra na gestão. Dificilmente um técnico chegaria contra a vontade de Muricy, que sempre é o mais ouvido nessas questões.

Relembre a questão

Antes de o São Paulo fechar com Carpini em janeiro, Zubeldía foi um dos nomes procurados pelo clube. Aliás, conforme o Bolavip Brasil soube na ocasião, ele era o plano A para o lugar de Dorival Júnior.

Mas de acordo com Muricy, o treinador não fez muita questão de dar atenção ao Tricolor, o que irritou o dirigente. O coordenador não gostou da atitude do então candidato a vaga, por ter pedido mais tempo.

O ídolo são-paulino explicou que o argentino não se dispôs a conversar com o time do Morumbi de forma imediata, num momento em que o clube precisava urgentemente de um novo comandante após a saída de Dorival.

“Muita pose. ‘Ah, pode ser daqui a dois dias, três dias’. E a gente louco no mercado para trazer um treinador. Você vai me desculpar… ele trabalhou na LDU, mas aqui é São Paulo, meu filho. ‘Ah… eu vou conversar com você amanhã’. É pelo menos conversar, não tem que aceitar não. A gente queria saber como o cara era”, disparou Muricy em entrevista à CNN no início do ano.

Qual a filosofia de jogo de Zubeldía?

As equipes do treinador argentino costumam atuar no 4-2-3-1, com dois extremos, um centroavante ‘pivô’ sempre sendo a referência e um camisa 10 que sempre aciona esse 9. Houve variações, como 4-3-3, mas normalmente foi o primeiro esquema adotado.

Zubeldía prioriza a construção de uma defesa forte, com um trabalho de marcação impulsionado pela intensidade física. Ele gosta da linha de 4 bem compactada, não sendo a favor de uma linha com 3 na saída, como o São Paulo ficou acostumado desde a época de Dorival (Rafinha descia para ser esse terceiro elemento).

Zubeldía ainda usa como uma alternativa recorrente a inversão de jogo. Começa a construção do ataque por um lado e, com movimentação e troca de passes rápidas para frente, conclui o ataque do outro. Algo que Wellington Rato, por exemplo, fez em algumas oportunidades com Nestor/Caio Paulista no ano passado.

Também é comum a inversão direta para o lado oposto, quando o rival pressiona demais na marcação. Zubeldía prioriza o bom condicionamento físico. Não só pela intensidade de jogo, mas para aliviar as lesões de seus elencos. Todos precisam estar tinindo fisicamente.