São Paulo terá Ambulatório de Medicina Regenerativa e Reparativa
O São Paulo pretende redefinir sua estrutura de saúde e desempenho para deixar para trás a temporada marcada por críticas e inúmeras lesões. A diretoria quer iniciar 2026 com um ambiente mais moderno no CT da Barra Funda, investindo em tecnologia avançada para prevenção e recuperação física de jogadores. A meta é transformar o departamento médico em um novo padrão dentro do futebol brasileiro.

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Sob coordenação do ortopedista e traumatologista Lucas Leite Ribeiro, o clube trabalha para tirar do papel o Ambulatório de Medicina Regenerativa e Reparativa. O espaço, que aguarda liberação final da Prefeitura, tem previsão de inauguração até 15 de janeiro e promete ampliar de forma significativa a capacidade de atendimento e acompanhamento dos atletas.
O projeto é construído em conjunto com a Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e com quatro empresas especializadas, unindo pesquisa clínica e soluções tecnológicas. A parceria busca criar protocolos modernos que fortaleçam a prevenção de lesões, acelerem processos de recuperação e melhorem o rendimento dos elencos profissional, de base e do futebol feminino.
São Paulo precisará investir?
O projeto será totalmente bancado pelas empresas parceiras e pode movimentar até R$ 21 milhões ao longo de três anos, valor que inclui a construção do espaço, a equipe envolvida e o fornecimento de materiais conforme a demanda. Assim, o clube não terá despesas diretas, enquanto ganha uma estrutura considerada de ponta para apoiar o departamento médico.
Em conversa com o ge, o ortopedista Lucas Leite Ribeiro detalhou como será a operação do novo ambulatório, que contará com o suporte de DMC, Biodevice e EPO Regen, além do investimento da Le Care na obra e nos processos de liberação. Segundo ele, a ideia é entregar um serviço inovador que amplie os recursos de prevenção, diagnóstico e recuperação no dia a dia do São Paulo.
“Não há como zerar lesões no futebol. Vão seguir chegando lesões traumáticas, por exemplo. Oscar toma uma joelhada e quebra três vértebras, lesões de ligamento… Esses traumas acontecem. Agora, lesão por desgaste e Overuse (uso excessivo), nós podemos minimizar. O futebol brasileiro tem muitos jogos, em gramados diferentes, em campos sintéticos. Temos que tentar minimizar as lesões musculares e tendíneas (rupturas ou inflamações nos tendões).”, afirmou.

Calleri pelo São Paulo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
“Além disso, o objetivo é retornar o jogador para o campo mais rápido e coordenar junto do preparador físico e comissão técnica ações para minimizar a chance de lesão. Temos também que minimizar a chance de re-lesão, que é a repetição da lesão em sequência”, completou Lucas Leite Ribeiro.
Lesões no São Paulo em 2025
O São Paulo convive com um cenário delicado em 2025: grande parte do elenco já precisou passar pelo departamento médico, situação que tem obrigado Hernán Crespo a refazer sua escalação jogo após jogo. As constantes baixas transformaram a gestão do time em um desafio contínuo ao longo da temporada.

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Entre os atletas atualmente fora de ação estão jogadores com problemas musculares, lesões ligamentares e questões mais complexas, como o caso de Oscar, que deixou o tratamento de panturrilha para cuidar de um quadro cardiológico. A lista extensa reforça o impacto das contusões no desempenho do Tricolor neste ano.








