São Paulo aumenta sua dívida total em maio; veja detalhes
O São Paulo terminou o mês de maio com um passivo financeiro maior do que o registrado no fim de 2024. Segundo levantamento exclusivo, a dívida total do clube subiu para R$ 979 milhões, superando os R$ 968 milhões acumulados em dezembro do ano passado. Em fevereiro, o valor havia caído para R$ 965 milhões, o que indica uma nova tendência de crescimento no endividamento.

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Apesar da alta na dívida bruta, o clube conseguiu registrar um desempenho levemente positivo no fluxo operacional. O déficit acumulado nos seis primeiros meses de 2025 ficou em R$ 31,8 milhões, número inferior ao estimado na previsão orçamentária aprovada pelo Conselho Deliberativo, que previa um prejuízo de R$ 44 milhões no período. Isso indica um controle de gastos maior que o inicialmente planejado.
A movimentação no caixa, no entanto, não foi suficiente para reduzir o passivo acumulado, o que mantém o alerta ligado no setor financeiro. Procurado pela reportagem, o São Paulo informou que não comentará publicamente os dados neste momento, mas que está preparando uma apresentação conjunta com a Galápagos Capital para detalhar a situação aos torcedores e conselheiros.

Oscilação foi natural
Segundo apuração, a diretoria afirma que a oscilação tanto no déficit quanto na dívida estava prevista no planejamento interno. A justificativa informal é que o clube esperava um crescimento pontual na dívida no primeiro semestre antes de uma possível reversão no segundo. Fontes ouvidas afirmam que parte das receitas esperadas ainda não foi registrada oficialmente no balanço.

Leila pereira, presidente do Palmeiras conversa com Julio Casares presidente do São Paulo. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Um exemplo disso é a venda do meio-campista Matheus Alves ao CSKA Moscou, por 6 milhões de euros (cerca de R$ 37,9 milhões). A negociação foi finalizada em julho, ou seja, fora do período considerado neste relatório. A entrada do valor, prevista para o segundo semestre, deve impactar positivamente os números futuros do clube, tanto na receita líquida quanto na redução do passivo.
Ainda terá superávit
Apesar do crescimento na dívida, o clube mantém a meta orçamentária ambiciosa para 2025. A previsão oficial aponta para um superávit de R$ 44,8 milhões até o fim do ano. Para que isso se concretize, o São Paulo terá de manter o controle de despesas e ainda contar com novas receitas, especialmente em vendas de atletas e premiações esportivas.

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A divulgação completa dos números deve ocorrer nas próximas semanas, quando o clube e a Galápagos detalharão a estratégia de reestruturação financeira em curso. A expectativa nos bastidores é de que o São Paulo apresente um plano de médio prazo para reequilibrar a dívida e estabilizar as contas, num momento em que o torcedor se mostra atento não só ao desempenho em campo, mas também ao que acontece no cofre.








