A crise política no São Paulo ganhou um novo e inesperado capítulo nesta terça-feira. Após a oposição protocolar um pedido com 57 assinaturas solicitando o afastamento do presidente Julio Casares, integrantes da própria situação passaram a se mobilizar para defender a saída do mandatário.

- Áudio escancara diretores do São Paulo sofrendo pressão por carros luxuosos
- São Paulo consulta Scarpa e Atlético-MG dificulta negociação
Segundo informações do UOL, aliados de Casares passaram a tarde coletando assinaturas para um novo documento. O objetivo é indicar formalmente que o presidente deve deixar o cargo, ampliando ainda mais a pressão política dentro do Conselho Deliberativo do clube.
A estratégia desse grupo é diferente da oposição. A ideia é convencer Casares a pedir afastamento por conta própria, evitando uma votação direta de impeachment no Conselho. Nos bastidores, o entendimento é de que um gesto voluntário reduziria o desgaste institucional do clube.
Aliados rompem e pressão aumenta nos bastidores
Um dos nomes centrais desse novo movimento é Vinicius Pinotti, que até recentemente atuava como consultor da presidência. Ele deixou oficialmente o cargo na última segunda-feira, logo após a divulgação das notícias envolvendo a investigação da Polícia Civil.

O Morumbi tem sido palco de notícias indigestas sobre a administreação do Tricolor
Antes mesmo dessa articulação interna, já havia expectativa de que Olten Ayresanalisasse o pedido protocolado pela oposição para convocar uma reunião extraordinária. Com a possível entrada de um novo documento, o cenário político se torna ainda mais delicado para Casares.
A leitura dentro do clube é clara: se aliados históricos passam a defender a saída do presidente, a sustentação política da atual gestão fica seriamente comprometida. A pressão agora deixa de ser apenas externa e se torna interna.
Caminho para destituição segue aberto
Caso o processo avance formalmente, a destituição de Casares precisará ser votada no Conselho Deliberativo. Para o afastamento ser aprovado, são necessários votos favoráveis de dois terços dos conselheiros — 171 dos 255 atualmente aptos.

Veja também
Oposição aperta o cerco e protocola impeachment de Casares no São Paulo
Se esse número for alcançado, o presidente seria afastado imediatamente do cargo. Até lá, o São Paulo vive dias de instabilidade política, com reflexos diretos no ambiente interno e no planejamento do clube para a próxima temporada.








