O Santos investiu pesado para corrigir um dos pontos mais frágeis da equipe: a defesa. Na última janela de transferências, quatro dos nove reforços contratados chegaram para o setor, mas, mesmo com a reformulação, o time de Juan Pablo Vojvoda ainda não conseguiu encontrar equilíbrio na retaguarda.

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Neste sábado, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, o Peixe encara o Fortaleza, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, tentando mostrar sinais de evolução após mais uma sequência de partidas sofrendo gols.
Setor mais reforçado, mas ainda sem solução
Os laterais Mayke e Igor Vinícius, além dos zagueiros Adonis Frías e Alexis Duarte, chegaram com a missão de estabilizar o sistema defensivo. No entanto, o desempenho segue aquém das expectativas.
Nas últimas seis partidas, o Santos foi vazado em todas e saiu atrás no placar em cinco delas. A única vez em que abriu o marcador foi no clássico contra o Corinthians, justamente a única vitória nesse período. Foram 10 gols sofridos em seis jogos, com três empates (Bragantino, Grêmio e Botafogo) e duas derrotas (Ceará e Vitória).

Vojvoda tecnico do Santos durante treino no Centro de Treinamento CT Rei Pele. Foto: Jota Erre/AGIF
Após as saídas de Leo Godoy e Aderlan, o clube trouxe Mayke e Igor Vinícius. Ambos, porém, oscilaram. Uma inflamação no joelho direito tirou Mayke da equipe, e Igor Vinícius aproveitou a brecha: foi titular nas últimas quatro partidas e deve seguir no time.
Zaga sem dono
Se na lateral há indefinições, na zaga o cenário é ainda mais delicado. Luan Peres é o único nome consolidado entre os titulares. Ao seu lado, Adonis Frías e Alexis Duarte alternam oportunidades, sem conseguir se firmar.
Ambos foram titulares na derrota para o Ceará, considerada a pior atuação sob o comando de Vojvoda. Já contra o Botafogo, o técnico tentou um esquema com três zagueiros (Frías, Duarte e Luan Peres), mas o resultado foi desastroso, especialmente nas coberturas pelo lado direito.

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Frías leva vantagem por ter melhor entrosamento com Luan Peres e qualidade na saída de bola, embora sofra com lentidão e dificuldades na recomposição. Duarte, por outro lado, é mais veloz, mas ainda vive fase de adaptação ao futebol brasileiro e tem falhado em jogadas aéreas. Outras opções, como Zé Ivaldo, João Basso e Luisão, perderam espaço e hoje aparecem como alternativas secundárias.
Com 42 golssofridos, o Santos tem a sétima pior defesa do Brasileirão, superando apenas Internacional (43), Vitória (44), Fortaleza (44), Sport (46), Bragantino (47) e Juventude (56).








