Santos tem queda de sócio torcedores
Mesmo com o retorno de Neymar e o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro Betano, o Santos vive um momento delicado fora de campo. Após o boom inicial de adesões ao programa Sócio Rei, o clube enfrenta uma queda acentuada no número de associados, o que já começa a impactar as finanças alvinegras.
O retorno do camisa 11 ao clube em janeiro foi recebido com festa pela torcida, e o número de sócios saltou de 48 mil para mais de 75 mil em poucas semanas. No entanto, a empolgação durou pouco.
A eliminação para o Corinthians nas semifinais do Paulistão e a reformulação do programa de sócios, com novos planos e reajustes nos valores, fizeram o número cair para 68.611 — uma perda de 7.089 associados em apenas quatro meses.
Planos caros e benefícios similares desagradam
A reformulação, que prometia mais vantagens, acabou gerando insatisfação. Os novos valores — R$ 40 (Silver), R$ 80 (Gold), R$ 160 (Black) e R$ 320 (Diamond) — foram considerados altos por parte da torcida, que critica a pouca diferença prática entre os planos.
A percepção de que todos oferecem benefícios semelhantes afastou muitos torcedores, principalmente os que não têm acesso frequente aos jogos. Outro fator que pesa contra a manutenção e expansão do número de sócios é a limitação da Vila Belmiro, que comporta pouco mais de 11 mil torcedores.
Quem mora fora da Baixada Santista, especialmente na capital paulista, tem poucas oportunidades de acompanhar o time de perto. Em 2025, apenas uma partida foi realizada fora da Vila — contra o Ceará, no Allianz Parque, com mais de 35 mil presentes.
Engajamento exige mais que ações pontuais
A decisão de concentrar os jogos em Santos tem sido vista como um obstáculo ao crescimento da base de apoio. A meta da diretoria de alcançar 80 mil sócios até o início do Brasileirão Betano já parece fora de alcance.
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