A temporada de 2025 marcou um ponto de contraste na trajetória de Murilo pelo Palmeiras. Em seu quarto ano no clube, o zagueiro de 28 anos seguiu como nome frequente entre os titulares de Abel Ferreira, mas encerrou o calendário com o menor número de jogos desde que chegou ao Verdão, em 2022.

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Murilo tem temporada menos participativa no Verdão
Em comparação com temporadas anteriores, quando teve sequência mais constante e menos interrupções, o ano foi marcado por problemas físicos e por um cenário de disputa mais acirrada no setor defensivo.
Ao longo do ano, Murilo entrou em campo 45 vezes, número inferior ao registrado em seus outros anos pelo clube, mesmo mantendo presença quase absoluta quando esteve disponível.
Lesões marcam a passagem do jogador
Em 2022, 2023 e 2024, o defensor conseguiu maior regularidade física e acumulou mais minutos, algo que não se repetiu em 2025. As lesões acabaram quebrando o ritmo e impactaram diretamente sua minutagem, ainda que o status de titular tenha sido preservado na maior parte do tempo.
O primeiro revés aconteceu em abril, quando uma lesão na coxa direita, sofrida ainda no aquecimento para o clássico contra o Corinthians pelo Brasileirão, o tirou de ação por quatro partidas.
No retorno, Murilo precisou lidar com um período de readaptação, ficando no banco em dois jogos antes de voltar a atuar com mais regularidade quase um mês depois. A diferença em relação a outros anos ficou evidente, já que antes ele costumava retomar a titularidade de forma imediata após ausências pontuais.

SP – SAO PAULO – 15/10/2025 – BRASILEIRO A 2025, PALMEIRAS X BRAGANTINO – Murilo jogador do Palmeiras durante partida contra o Bragantino no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Aumento da concorrência, mas segue sendo um pilar
Outro fator que pesou em 2025 foi o aumento da concorrência. A chegada de Bruno Fuchs trouxe um novo nível de disputa pela posição, algo menos intenso nas temporadas anteriores, quando Murilo dividia espaço basicamente com nomes já consolidados no elenco. Fuchs aproveitou oportunidades, ganhou moral com a comissão técnica e fez com que o setor defensivo tivesse mais alternâncias, mesmo que Murilo seguisse como primeira opção na maioria das partidas.
Na Copa do Mundo de Clubes, o comparativo também chama atenção. Murilo foi titular nos três jogos da fase de grupos, repetindo o protagonismo que já havia mostrado em outras competições internacionais. No entanto, no empate contra o Inter Miami, acabou sofrendo nova lesão, desta vez na coxa esquerda, que o afastou dos gramados por mais de um mês. Em temporadas passadas, ele conseguiu atravessar competições decisivas sem esse tipo de interrupção prolongada.
Apesar dos contratempos, os números individuais seguem sólidos e próximos aos de outros anos. Murilo foi titular em 44 dos 45 jogos que disputou, marcou dois gols, deu uma assistência e manteve bons índices defensivos, com desarmes, interceptações, duelos aéreos vencidos e chutes bloqueados em patamar semelhante ao que já havia apresentado anteriormente. A diferença esteve menos no desempenho e mais na disponibilidade ao longo do calendário.
No recorte final da temporada, Murilo engatou uma sequência de seis partidas, incluindo a final da Libertadores, mostrando que, quando fisicamente apto, continuou sendo peça central no sistema de Abel Ferreira.

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Com contrato até o fim de 2027 e próximo de alcançar a marca de 200 jogos pelo Palmeiras, Murilo chega a 2026 em um cenário diferente do vivido em seus primeiros anos no clube.








