Abel Ferreira defendeu publicamente Vitor Roque após a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fluminense, na última quarta-feira (23), no Maracanã, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro Betano.
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O técnico português celebrou o gol marcado pelo atacante, que encerrou um longo jejum de 763 minutos sem balançar as redes, mas fez um alerta sobre o tratamento dado aos jovens jogadores no futebol brasileiro.
“Quem teve que ouvir foi ele. Ele já sabe. Para ser jogador nesse país e aguentar as críticas selvagens que fazem a jogadores com 20 anos, independente se ganham muito ou pouco, chamam de bagre. Tem ódio. Isso deixa marcas emocionais nos jogadores. Estamos a falar de um jogador que é capaz, e como nós parece que vivemos em um mundo perfeito, que todo mundo faz tudo perfeito no trabalho“, afirmou o português.
RJ – RIO DE JANEIRO – 23/07/2025 – BRASILEIRO A 2025, FLUMINENSE X PALMEIRAS – Vitor Roque jogador do Palmeiras durante partida contra o Fluminense no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
“Julgar e criticar está certo, está jogando mal e ele sabe disso. O problema é a ofensa, quando passa do limite, e aqui passa muito do limite. Aqui é 8 ou 80. Agora vão dizer que ele é o Pelé. Mas não é. É o mesmo Roque, tem defeitos e virtudes como todos. Claro que é bom, aumenta a confiança dele. É manter os pés na terra. temos que melhorar, ele individualmente, não só coletivamente“, completou Abel.
Vitor Roque decide para o Palmeiras e encerra seca de gols
O gol de Vitor Roque foi o segundo do Palmeiras na virada sobre o Fluminense, no Maracanã, e selou mais três pontos importantes para o Verdão. Foi o quarto gol do atacante com a camisa alviverde, encerrando uma sequência incômoda de mais de 760 minutos sem marcar.
Desde sua chegada ao clube, o jogador tem alternado momentos de expectativa e críticas. Mas, segundo Abel, a oscilação é natural para um atleta de apenas 20 anos, ainda em desenvolvimento.
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“A melhora não é de ontem para hoje. Só fazer um esforço e imaginar: ele tem 20 anos, quando tiver 24 ou 25, será seguramente uma máquina. Mas hoje não há tempo para nada, queremos tudo para ontem“, criticou o português.
“E estamos tentando tocar nos botõezinhos dele. Acho que é um jogador que joga melhor quando está com raiva, entendem? Com essa pegada. Ele tem que perceber o que dá energia dentro de campo. E isso a torcida reconhece. Quando não sair a inspiração, tem que sair a transpiração. Vamos tentar juntar as duas“, completou.
