Abel vem fazendo sucesso no Brasil
Bicampeão brasileiro em 2022 e 2023, Abel Ferreira voltou a colocar o Palmeiras na liderança do Campeonato Brasileiro de 2025, reafirmando seu domínio em território nacional. À frente de uma comissão técnica multidisciplinar, o português construiu uma estrutura sólida, capaz de sustentar o sucesso por anos. Em meio a polêmicas, mudanças no futebol e elencos reformulados, a combinação entre método, adaptação e gestão profissional mantém o Verdão sempre competitivo — um feito raro no instável cenário do futebol brasileiro.
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Desde sua estreia no comando do Palmeiras, em 5 de novembro de 2020, já se passaram 1.797 dias. O número, impressionante por si só, torna-se ainda mais simbólico quando colocado em perspectiva: Abel Ferreira tem mais tempo de trabalho no clube do que a soma de 16 dos 19 técnicos da Série A. Em um país conhecido por demitir treinadores a cada tropeço, a longevidade do português é praticamente um ponto fora da curva.
Para se ter ideia da disparidade, os 16 técnicos que estão há menos de um ano em seus cargos somam juntos 1.677 dias, ou seja, 120 dias a menos do que Abel Ferreira. Em termos simples, o português tem quatro meses a mais de comando do que todos esses profissionais somados. O contraste mostra não apenas a confiança da diretoria alviverde, mas também o quanto o trabalho contínuo é capaz de gerar resultados duradouros.
Abel é o técnico mais longevo do futebol brasileiro
Enquanto Abel mantém sua rotina de treinamentos e ajustes finos no Palmeiras, outros clubes lidam com a instabilidade. O técnico Daniel Paulista, por exemplo, levou 32 dias para estrear pelo Sport, já que o jogo da 12ª rodada, contra o Flamengo, foi adiado por conta do Mundial de Clubes. Nesse período, o clube entrou em férias, retomou os treinos e só depois o treinador pôde efetivamente começar seu trabalho.
Abel Ferreira é o técnico mais longevo do país Foto: Jota Erre/AGIF
O mesmo cenário se repetiu com Hernán Crespo, anunciado pelo São Paulo durante a pausa para o Mundial de Clubes. O argentino precisou esperar 25 dias até comandar seu primeiro jogo, pois o elenco tricolor passou por férias e uma nova preparação física antes do retorno às competições. Esse tipo de interrupção é comum no Brasil — e ajuda a entender o quão incomum é o tempo contínuo de Abel no Verdão.
Abel tem mais tempo de Palmeiras do que os outros 16 treinadores de times da Série A
Se for considerada a data do anúncio oficial de cada técnico, os 16 treinadores de Atlético-MG, Botafogo, Bragantino, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Mirassol, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória completaram 1.798 dias no total, o mesmo número que Abel tinha até ontem. A diferença, porém, é que o português atingiu essa marca sozinho, o que reforça o contraste entre o projeto do Palmeiras e a volatilidade dos demais clubes da elite.
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Para fechar o comparativo, os técnicos de Bahia, Ceará e Flamengo, juntos, somam 1.588 dias no cargo desde o anúncio de cada um — ainda menos que o português. Assim, o tempo de Abel Ferreira no Palmeiras não é apenas uma demonstração de estabilidade, mas um símbolo de um modelo de gestão raro no futebol brasileiro. Num ambiente onde resultados imediatos são prioridade, o português transformou continuidade em sinônimo de conquista.
