A derrota do Palmeiras na ida da decisão do Campeonato Paulista para o Água Santa acabou servindo para pôr fim ao jejum do jovem atacante Endrick. A joia palmeirense viveu uma grande seca no começo de temporada e foi muito cobrado pelo momento que passou. Nas redes sociais e no noticiário esportivo, o atacante foi assunto recorrente. Em entrevista para a QG Brasil, ele falou sobre a situação e desabafou.
"Às vezes me pergunto: por que colocaram tanta mídia em mim? Eu não pedi isso. Tem situações que passam dos limites. 'Ah, ele é o novo Pelé'. Cara, ninguém vai ser o Pelé, ele é o rei do futebol. Mas, agora, não tem o que fazer, não dá para pedir que as pessoas não falem da minha vida. Sempre disse que gostaria de ter todos os brasileiros perto de mim, mas entendo cada vez mais que isso não é possível e sempre existirão pessoas para me atacar", afirmou.
O atacante ainda revelou que está evitando até passar muito tempo nas redes sociais para evitar ser abalado pelas críticas que vem recebendo. "Antes, ficava de olho para saber o que as pessoas falavam de mim. Hoje não mais. Gosto dos vídeos no TikTok, mas quando tem algo sobre mim passo rapidinho".
Endrick ainda fez questão de ponderar e exaltar a importância que o treinador português Abel Ferreira teve para que ele pudesse enfrentar este momento da melhor forma possível. Para ele, a relação com o comandante é tão forte que apenas com o olhar, o europeu sabe tudo que está acontecendo.
"Preciso seguir trabalhando, que é o que o Abel Ferreira me pede. Sou adulto e igual aos outros jogadores do elenco. Ninguém deve ter dó de mim ou ficar passando a mão na minha cabeça. O Abel tem uma filha da minha idade, então sabe quando estou triste e chateado. Ele consegue identificar só de olhar para mim", finalizou para a QG Brasil.
