A família Palmeiras perdeu um importante integrante nesta terça-feira (3). O médico Gustavo Magliocca, chefe do Núcleo de Saúde e Performance, morreu por complicações de um câncer no cérebro. Lutando contra a doença desde 2020, o profissional concedeu a época uma entrevista para o portal Viva Bem do Uol falando sobre a questão de saúde. A torcida do Verdão recuperou as falas na web e se emocionou com alguns trechos.

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Em conversas com o Uol, Magliocca deu detalhes de como foi a descoberta do câncer, principalmente como um profissional do ramo da saúde. O caso sempre foi tratado como de risco, o que trouxe ainda mais desafios ao médico extremamente querido no Palmeiras. Segundo o chefe do DM do Verdão, o maior combustível para seguir na luta eram seus filhos e a esposa.
"Estava me preparando para levar minha filha na piscina do prédio quando senti uma alteração no lado direito do meu corpo, não senti dor, mas não conseguia movimentar muito bem os braços e as pernas. Trocar de lugar, sair do papel de médico para virar paciente foi ruim, péssimo. Senti medo, fiquei tenso e preocupado, mas pensei que, independentemente da gravidade do meu caso, iria lutar com todas as forças pela minha vida, pelos meus filhos e pela minha esposa. Só pensava na minha família”, relatou Magliocca na época.

Foto: Flow Sport Club/YouTube - Gustavo Magliocca passou mais de dez anos no Palmeiras
A forma como Gustavo Magliocca enxergava a vida também mudou drasticamente após o diagnóstico do câncer. Segundo ele próprio, na entrevista para o portal Viva Bem, a doença o fez se tornar um médico melhor, impactando diretamente na relação com o paciente. Magliocca faleceu aos 42 anos e se despediu do Palmeiras após mais de dez anos de dedicação ao Palestra.
“O câncer me trouxe maturidade, mudou minha forma de pensar e me transformou num médico melhor. Passei a valorizar mais as coisas, a ser otimista, a ter mais esperança, a ser menos acelerado, a ouvir melhor meus pacientes, a ter mais empatia e uma vontade maior de ajudá-los e acolhê-los. Caso piore, pode ser necessário uma nova cirurgia e uma nova etapa de quimioterapia, mas não perco meu tempo projetando um futuro ruim. Tenho esperança de ver um horizonte além do que a literatura tem mostrado até agora”, afirmou o antigo chefe do DM do Palmeiras.








