A decisão da Federação Internacional de Automobilismo de dar metade dos pontos depois da não realização do GP da Bélgica de Fórmula 1, no Circuito de Spa-Francorchamps, após a forte chuva, parece não ter agradado grande parte dos artistas do espetáculo. Pilotos e equipes se manifestaram de forma contrária com o término da corrida que nem chegou efetivamente a começar.

Voltas dadas no GP da Bélgica foram dadas com o carro de segurança na pista (Foto: Getty Images)
Voltas dadas no GP da Bélgica foram dadas com o carro de segurança na pista (Foto: Getty Images)

    "Os regulamentos determinam que, depois de algumas voltas, podemos chamar isso de corrida. Isso precisa ser revisto. Ninguém diria que era seguro correr, mas precisamos de uma solução melhor quando esse tipo de situação acontece. O resultado não pode ser uma corrida após três voltas atrás de um safety car", criticou Zak Brown, diretor-executivo da McLaren.

    "A decisão de não correr nessas condições foi a correta, no interesse de proteger a segurança dos pilotos, dos fiscais de pista e dos próprios espectadores. Ainda assim, a situação teria sido tratada de forma muito mais apropriada se não houvesse a "corrida" que testemunhamos ontem. Esperamos que lições tenham sido aprendidas ontem, lições que vão melhorar a forma como operamos no futuro e que coloque os apoiadores de nosso esporte na posição em que merecem estar", diz o comunicado oficial liberado nos canais oficiais da equipe Alfa Romeo.

    George Russell subiu ao pódio por ter conseguido o segundo melhor tempo no treino classificatório (Foto: Getty Images)

    George Russell subiu ao pódio por ter conseguido o segundo melhor tempo no treino classificatório (Foto: Getty Images)

    Alguns pilotos também se manifestaram sobre a questão. O espanhol Fernando Alonso, bicampeão da categoria, e o jovem inglês Lando Norris, que havia sofrido um forte acidente no dia anterior por conta de pista molhada, também se mostraram contrários a decisão da FIA, mesmo que os carros tenham andado atrás do carro de segurança para completar o número mínimo de voltas.

    Quem pareceu não estar tão insatisfeito com o regulamento, foi o holandes Max Verstappen, da RBR, que, sem precisar enfrentar uma disputa, diminuiu a vantagem para Lewis Hamilton de oito para apenas três pontos. O inglês George Russell, que já havia conquistado um surpreendente segundo lugar na classificação, acabou se aproveitando da situação já que, dificilmente, na pista conseguiria manter a posição com o carro da Williams.