Descubra o impacto dos astros estrangeiros na história da NBA

Introdução aos jogadores internacionais da NBA

A NBA passou a investir em talentos fora dos Estados Unidos durante os anos 1980, como forma de diversificar a liga e atrair jogadores que se destacavam em outros continentes. 

Nowitzki teve seu último ano como profissional nos Mavericks ao lado de Doncic (Foto: Ronald Martinez/Getty Images)
© Getty ImagesNowitzki teve seu último ano como profissional nos Mavericks ao lado de Doncic (Foto: Ronald Martinez/Getty Images)

Existem vários exemplos bem-sucedidos, mas a fama ficou maior para um seleto grupo de estrangeiros que deixaram sua marca no basquete norte-americano. Entre eles, Dirk Nowitzki, Hakeem Olajuwon, Giannis Antetokounmpo e Luka Doncic. Te contamos mais sobre eles a seguir.

Dirk Nowitzki

O alemão Dirk Nowitzki é provavelmente o exemplo recente mais gabaritado na NBA. Ídolo do Dallas Mavericks, com quem foi campeão da liga em 2011, o pivô fez história ao ser draftado em 1998.

Ao longo de várias temporadas, ele se consolidou como MVP em 2007. Mas só foi experimentar a glória do título anos depois, com um time montado a seu redor. Dirk se aposentou em 2019, fazendo a transição para Luka Doncic como grande estrela do elenco.

Hakeem Olajuwon

Selecionado em 1984 como escolha número 1 do Draft pelo Houston Rockets, Hakeem Olajuwon marcou época e ajudou a popularizar a figura do pivô mestre dos rebotes. Em muitos anos de liga, foi o motor dos Rockets e ganhou o título (e o prêmio de MVP) em 1994 e 95 como referência do elenco. 

Nascido na Nigéria, Hakeem foi morar nos EUA muito cedo para cursar universidade e acabou descoberto pela Universidade de Houston. Conhecido como “The Dream” por sua dominância dentro do garrafão, jogou até 2002, quando se aposentou pelo Toronto Raptors.

Estrelas atuais da NBA

O legado de astros como Olajuwon e Nowitzki abriu as portas para atletas mais talentosos vindos de outros países. Nesse intervalo, surgiram jogadores geracionais de outros países como Patrick Ewing (Jamaica), Steve Nash (Canadá), Yao Ming (China), Tony Parker (França), Pau Gasol (Espanha), Manu Ginobili (Argentina), Dikembe Mutombo (RD Congo), Vlade Divac (Sérvia), Toni Kukoc (Croácia) e Arvydas Sabonis (Lituânia).

A Europa ganhou mais destaque após a geração de Divac e Kukoc, que entregou muitos jogadores de altíssimo nível vindo do leste europeu. Isso favoreceu a entrada de protagonistas modernos da NBA, como Giannis Antetokounmpo, Luka Doncic e Joel Embiid (Philadelphia 76ers)..

Giannis Antetokounmpo

Vindo da Grécia, o gigante Giannis Antetokounmpo é um exemplo de perseverança e evolução. Escolhido pelo Milwaukee Bucks, o grego chegou discretamente e foi ganhando espaço, além de melhorar seu jogo rapidamente. Desde 2013 na liga, o ala-pivô já conquistou dois prêmios de MVP e foi campeão em 2021.

Doncic contra Amen Thompson, dos Rockets, em vitória do Dallas Mavericks pela temporada regular da NBA (Foto: Tim Warner/Getty Images)

Doncic contra Amen Thompson, dos Rockets, em vitória do Dallas Mavericks pela temporada regular da NBA (Foto: Tim Warner/Getty Images)

Luka Dončić

Principal expoente do basquete da Eslovênia, Luka Doncic foi um fenômeno captado muito cedo pelo Real Madrid. Depois de chocar o mundo com muito talento, Luka foi escolhido pelo Dallas Mavericks, em 2018, para suceder Nowitzki. A linhagem deu frutos e hoje o armador é um dos melhores da NBA, tendo carregado os Mavs à final da temporada 2023-24, contra o Boston Celtics. 

Contribuições dos jogadores internacionais à Liga

A influência do basquete europeu na NBA é visível quando analisamos o impacto das táticas visando arremesso de 3 pontos. Como os atletas do basquete FIBA usam esse recurso com frequência, a própria liga norte-americana também mudou seu perfil em relação a isso. 

Ficou mais fácil quando Steph Curry resolveu ser a referência no assunto, mas nos anos 1990 a NBA teve grandes “snipers” estrangeiros em arremessos de longa distância, como Drazen Petrovic (New Jersey Nets) e Toni Kukoc (Chicago Bulls).

Diversificação do Jogo

Tantas estrelas europeias e africanas geraram um interesse maior da NBA em monitorar jogadores em outros continentes. Isso explica a entrada de mais brasileiros dos anos 2000 em diante (Leandrinho Barbosa, Nenê, Anderson Varejão e Tiago Splitter), assim como o aceno a destaques na Euroliga. Recentemente, Victor Wembanyama foi o maior deles, vindo do Metz92, da França. O pivô chegou sendo imediatamente o melhor do time no San Antonio Spurs.

Não só em scouting a NBA tem investido em outros mercados. Clínicas e projetos de desenvolvimento estão sendo feitos ao redor do mundo para subir o nível de formação de atletas com profissionais especializados.

Legado Internacional

Por fim, os frutos acabam sendo colhidos por várias seleções. Os torneios FIBA ficaram mais atrativos com atletas da NBA, bem como os Jogos Olímpicos. Nessa edição das Olimpíadas, é notório o número de craques que brilham nas quadras dos EUA representando suas seleções. 

Vale a pena ficar de olho neles: Antetokounmpo (Grécia), Doncic (Eslovênia), Shai Gilgeous-Alexander (Canadá), Wembanyama (França), Rui Hachimura (Japão) e Santi Aldama (Espanha).